Seis perguntas para Domenico Lancelloti

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Domenico Lancelloti é um artista inquieto. Participou de diversos projetos musicais e artísticos, como o +2 (junto com Moreno Veloso e Kassin), Orquestra Imperial, fez parte dos 30 artistas da Rio Occupation London, entre tantos outros, além do Vamos Estar Fazendo.

Preparamos seis perguntas para ele sobre sua carreira, influências e o Multiplicidade.

Confiram!

De onde surgiu essa inquietação de criar o Vamos Estar Fazendo?

O Vamos estar Fazendo foi uma idéia do Pedro Sá, inclusive já veio com esse nome. A intenção era simplesmente se encontrar pra tocar, coisa que fazíamos muito quando nos conhecemos com 12/13 anos, depois vieram as bandas com os repertórios intermináveis, o vamos estar fazendo é tudo criado na hora.

Ao contrário de muitos músicos, você desenvolve um trabalho que permeia bastante as artes plásticas e a outras mídias. Fale-nos um pouco mais sobre seus projetos e influências fora do Domenico e do Vamos Estar Fazendo?

Fora do Domenico não saberia dizer!

Escuto muita música antigas, diversos estilos, gosto de escutar trilhas pra filmes, Mancini, Rota, Alessandroni… Som brasileiro dos anos 70.

Mas também Chelpa Ferro, Tono, Arto Lindsay, Luiz Felipe de Lima, Pedro Miranda, Joãp Gilberto, Donato, Jobim, Stereolab…

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Seu último disco, Cine Prive, foi super bem recebido pela crítica independente brasileira, inclusive com um clipe novo na internet. Como você traça um paralelo desse disco, que tem uma levada bem mais pop, e seu trabalho com o Pedro Sá no Vamos Estar Fazendo?

Estou muito feliz com o movimento do Cine Prive, acabei de lançar um clipe surrealista, dirigido pela Clara Cavour e Felipe Rocha, e o album será lançado agora em novembro nos Estados Unidos e em vinil e CD, contando com faixas bonus ainda inéditas. Eu sempre coloco as coisas todas no mesmo plano, é tudo música, mas tudo sempre parte deste primeiro estímulo visceral que é o improviso, que é a parceria, poder tocar junto com os amigos, estar aberto para as propostas, isso é importante.

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Quais caminhos você vê o Vamos Estar Fazendo no futuro?

O Vamos estar fazendo é sempre no presente!

Domenico, você fez uma passagem pela Rio Occupation London como um dos artistas brasileiros especialmente selecionados para a mostra, o que inclusive te levou a se apresentar com o João Brasil. Nos fale um pouco sobre essa experiência?

Pois é, Londres foi um presente! Nunca havia tido (como músico que está acostumado a bater e voltar) a oportunidade de permanecer numa cidade. Já estive em Londres antes, mas nunca havia conseguido montar a cidade em minha cabeça. Também desenvolvi um trabalho autoral junto ao músico Sean O` Hagen, gravamos uma trilha que provavelmente vai virar meu próximo disco. Além de conviver e colaborar com outros artistas da tão interessante, multipla e talentosa delegação carioca.

Vocês se apresentam três vezes no Oi Futuro na nossa estréia. Que podemos esperar dessas apresentações e, principalmente, da interação com o trabalho do Paulo Nenflidio?

Fico muito feliz de participar mais uma vez desse festival que considero a melhor coisa que acontece no Rio. O Multiplicidade é o lugar onde eu (e muitos outros) gostaríamos de estar, pois não existem mais limites entre som, imagem, artes plásticas, música, vôo livre, nado livre etc…