MULTI_02: Geração Circuitada

Duas superfícies de acrílico, uma tela, mesa de som, luz, projetores, computadores, voz. Dois artistas e suas sombras em uma performance conjunta, ao vivo e a cores – muitas cores. O propósito? Fazer todos sentirem as batidas da arte e da tecnologia, uma questão de olhos, ouvidos e inspiração; o melhor da geração circuitada.

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No Multiplicidade_02, realizado no Oi Futuro Flamengo, Kinkid & Diego Bragança, donos das sombras protagonistas da apresentação, fizeram o público imergir, envolto em uma espécie de “aquário” preenchido por sons e imagens. Nas palavras do próprio Jose Hesse, nome por trás do Kinkid, “o momento foi perfeito para experimentar tanto a sensibilidade quanto a agressividade da música eletrônica”.

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No teatro lotado, o duo fez todos entrarem no clima, como se aos poucos os pixels ganhassem melodia e a música fosse vivenciada visualmente, numa sinergia perfeita. Segundo Diego, lembrando-se do que aprendeu em outras edições do Multiplicidade, “foi como moldar o tempo“, dessa vez, em parceria.

Entre sons inusitados, notas de piano e projeções minimalistas, as sombras revelavam o entusiasmo corporal de um DJ e, paralelamente, a concentração e serenidade de um videomaker apaixonado por ciência. Eles não deixaram dúvidas de que o que rola entre ambos os artistas e seus respectivos softwares é relacionamento sério.

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Para os que preferiam aproveitar um bom papo ao ar livre sem deixar de contemplar a performance dos meninos, uma projeção dava as boas vindas logo na entrada do prédio. Perto do café, outra tela exibia a dupla em tempo real.

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Por mais uma noite, o Rio de Janeiro viveu 2025, um tempo mais pulsante, com arte acessível, livre, experimental; num lugar de convergência midiática, encontro, convivência.

Fotos: Francisco Costa/14