Multiplicidade entrevista: Tetine e Jarbas Lopes

Amanhã é dia de assistir a performance DEEGRAÇA do duo Tetine com o artista plástico Jarbas Lopes. O primeiro encontro aconteceu em 2003 na Galeria Gasworks em Londres, onde Eliete e Bruno moram atualmente, e a partir daí engataram vários outros projetos. Antes da apresentação de amanhã, batemos um papo com eles. Olha só!

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Blog Multiplicidades: Jarbas, como surgiu a ideia de fazer um espetáculo em parceria com o Tetine?

Jarbas Lopes: Quando nos conhecemos em Londres, em 2003, foi pura sintonia e já ficamos muito próximos, fizemos várias coisas por lá, montamos a barraca em um parque com pic nic e na abertura da exposição do projeto que fui fazer lá. Então aconteceu nossa primeira parceria apresentando o som deles, junto com nossos improvisos, dentro da barraca.

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BM: Qual a sensação de apresentar no Rio um espetáculo experimental que envolve o baile funk, que é algo bem popular por aqui?

Tetine: Estamos bem animados e curiosos pra ver o que vai dar. Não sei te dizer como vai ser a apresentação, o legal desse trabalho é que é sempre diferente: o espaço e a audiência são determinantes na direção que as coisas vão tomando durante a perfomance. Tem um lado aleatório e ‘improvisacional’ bem bonito, esperamos que o público se deleite afinal é uma celebração de estados, atmosferas, do corpo, da voz e som.

JL: Agora eu vivo nesse universo de experimentações, de observar também a força das abstrações, mesmo que eu volte a raiz e ligue a direta linguagem popular quero ver é ela se modificar. É isso que vejo acontecer nos bailes funk que foram e são grandes laboratórios populares de experimentos coletivos.

BM: E como surgiu a instalação com faixas de baile funk que faz parte da apresentação?

JL: Meu pai foi um produtor de eventos de música na periferia e interior do Rio, então desde pequeno estava envolto nesse universo e com esse material que divulga os bailes, Vivenciei tudo ainda moleque, algumas vezes até ajudei a pendurar essas faixas à noite e a distribuir panfletos.

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BM: Vocês já conheciam o festival? Como é fazer parte das comemorações de dez anos?

T: Conhecemos o Batman quando fizemos a perfomance na exposição “Tudo É” em Firenze. Lá ele nos deu um catálogo do Multiplicidade e achamos incrível a proposta. É uma iniciativa muito bacana e ficamos muito felizes em fazer parte da comemoração.

JL: E também conhecia, acompanhava nos catálogos e via que foi apresentado muita coisa boa, com um vasto registro e desdobramentos. Também estou muito feliz em fazer parte dessa comemoração. E ainda tem uma sintonia que está acontecendo que não vou nem falar agora, deixa rolar, virar história…

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A gente é que torce para que outros encontros como esse rolem mais vezes!
E você, já confirmou sua presença no evento? Saiba mais aqui e nos encontramos por lá!

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