DJ SET _ Domingo 08 de Dezembro – TATE Collective e Wladimir Gasper

gasper

Pra fechar domingo, e a ocupação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, duas performances/DJ set: primeiro Tate Collective (UK) e depois o produtor Wladimir Gasper (RJ).

Às 19:30 começa, em parceria com o British Council, o coletivo Tate Collective (UK) realiza uma intervenção sonora no festival.

Encerrando a ocupação, é a vez de Wladimir Gasper, projeto do músico e artista plástico Pedro Bernardes, que mistura funk, synths e até o jongo.

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Domingo, 08 de Dezembro

19h30 – 21h30 / DJ – TATE COLLECTIVE – GB – DJ SET realizada em parceria com o British Council

21h30 – 22h30 / Wladimir Gasper – BR (rj)

Piscina/ auditório
Lotação: 400 pessoas

E temos Wladimir Gasper encerrando nossa temporada.

Ele poderia ser um metafísico ou um filósofo freestyle, mas é músico dentre zilhões de outras coisas.

“Wladimir Gasper, sobrinho de um cineasta russo, nasceu na Ucrânia e veio pro Brasil ainda jovem. Saiu do ex-país soviético para se aventurar nas inspirações dos trópicos e aqui criou seu bunker”.

Assim, o artista Pedro Bernardes transforma sua realidade íntima-psicodélica em sons inusitados, que podem ser marcados ao compasso de seu próprio corpo. Cheio de metáforas e improvisos, ele é um cara de interseções, não de pertences -“. Gosto de materializar a música de forma dinâmica, independente de instrumentos ou estilos. Meu som é um quebra-cabeça: eu tenho as peças, mas posso arranjá-las da forma que eu quiser “– confidencia o beat-maker, instrumentista e arranjador.

No fantástico mundo de “instrumentos vintages” de Wladimir Gasper vive um talentoso músico, que toca sempre ao vivo, cada vez mais requisitado nos line ups da cidade.

Ele tem formação autodidata, diz não ter conhecimento de vertentes, escolas e não investe muito tempo para ouvir outros artistas. Seu compromisso é consigo mesmo e suas ideias, que se transformam em sonoridades mirabolantes – Trabalho na medida do meu prazer.

Não é necessariamente uma música que vai me influenciar, são as pessoas, uma atitude, uma arquitetura. É tudo sinestesia. Me relaciono com o som de forma imaterial, é espírito. Me divirto muito nesse processo íntimo de criação, na experimentação. É uma felicidade fudida quando você tem uma inspiração na cabeça e consegue materializá-la – revela.

Apesar de parecer divagar num mundo paralelo, Pedro, 28 anos, está inserido em diversos meios, fazendo de tudo um pouco, já que tem total aversão a rótulos. Já trabalhou com artistas como D2, Gabriel Pensador, Bebel Gilberto, Timbalada, Carlinhos Brown, Sergio Mendes, Marisa Monte, Mario Caldato, Seu Jorge, Beck, John Legend, entre outros.

Nunca quis parar e escolher algo para fazer. Nunca tive questões existenciais. Sou naturalmente autorizado a ser espontâneo. Faço o que preciso, é fisiológico, minha saúde. Me estimula muito mais confundir do que explicar – diz o multinstrumentista cheio de freestyle na fala.

Pedro leva o tom do improviso aos locais onde toca, sempre na companhia de seu case, carregado de batidas eletronicas e organicas livres, uma penca de multi-efeitos, sintetizadores e mais alguns outros brinquedos.

– O que eu gosto é a carga de presença, a energia dedicada àquele determinado instante em que estou tocando, a emoção que sinto na hora, acho que isso imprime minha identidade, minha produção tem um sotaque muito forte do agora – finaliza Pedro Bernardes ou Wladimir Gasper, como preferir.