Retrospectiva Multiplicidade 2011: Moleculagem – “Fixos-Fluxos 2”

Texto presente no livro-catálogo do Multiplicidade 2011, a ser lançado no dia 13 de Setembro de 2012.

ImagemColetivo carioca formado em 2005, o Moleculagem explora as possibilidades de unir arte, vídeo, música e tecnologia em projetos audiovisuais, performáticos e multissensoriais, criando instalações ótico-sonoras imersivas com projeções em estruturas volumétricas, manipuladas com ajuda de softwares precisamente mapeados e sincronizados.

Formado pelos VJs Bernardo Varela, Sol Galvão e Alexandre Aranha, além dos músicos Pablo Ribeiro e Pedro Conforti, cada integrante tem trabalhos paralelos em diferentes áreas, como publicidade e cinema. No Moleculagem se desenvolvem projetos de arte eletrônica, unindo música a visualidades interativas. Em 2010 criaram uma complexa instalação, a obra “Fixos-Fluxos”, para a Bienal das Américas, em Denver, reproduzidano Festival Multiplicidade.

ImagemEm “Fixos-Fluxos 2”, o coletivo se propôs ir além, optando por criar uma verdadeira ópera-pixel dividida em oito atos inspirados em teorias do psicólogo e escritor Timothy Leary. Ícone da contracultura e posteriormente chamado de “papa lisérgico”, Leary desenvolveu a ideia de que existem oito circuitos que representam o desenvolvimento do cérebro humano, seu relacionamento com o “eu” interior e o plano espiritual, base conceitual dessa apresentação.

Durante quase uma hora, o público experimentou um verdadeiro live- cinema geométrico projetado em cima de um anteparo tridimensional de 4 metros de altura por 7 de largura criado especialmente para essa apresentação, e comandado por Bernardo, Alexandre e Sol. Simultaneamente, o baterista Pablo e o multi-instrumentista Pedro criavam uma misteriosa ambientação sonora ao vivo, evoluindo do eletrônico ao rock progressivo. 

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