Embolex no Multiplicidade

Desde o surgimento da música em formato digital, o acesso e democratização de fonogramas tornou-se extremamente mais fácil, o que fez com que diversos DJs e produtores musicais passassem a explorar novos modos de produção e experimentação. Nessa última década, diversos estilos que outrora eram segmentados a nichos por conta da falta de espaço físico de venda de CDs e LPs puderam chegar de forma alternativa e para uma gama maior de pessoas.

Com isso, um dos movimentos que mais ganhou força nos últimos anos foi o do mashup, onde dois ou mais elementos de músicas distintas são misturadas harmonicamente para criar uma nova canção. Essa cultura do remix para gerar um trabalho inédito é alvo de diversos debates, principalmente no que tange os direitos autorais dos criadores, como é o caso do documentário Rip It! A Remix Manifesto.

Utilizando essa linha, o Embolex é um coletivo de VJs e músicos de São Paulo que realiza uma pesquisa extremamente complexa e importante no audiovisual, principalmente por se manterem no centro da discussão que permeia a produção criativa hoje sobre propriedade intelectual e a cultura do remix, como é o trabalho de artistas como o Girl Talk e João Brasil.

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Esse  último trabalho, o Caixa-Prego, é composto por mashups de diversos artistas como Martinho da Vila, Paul McCartney, Lucas Santanna, Jorge Ben, Chico Correa, Paulinho da Viola, entre tantos outros, onde as músicas se completam e criam uma obra consistente, tanto na parte fonográfica como os grafismos também mixados ao vivo pelos VJs do do grupo.

Durante aproximadamente 50 minutos, o grupo apresentou um passeio por diversos estilos musicais, tendo como base o que se chama de  ghettotech, ou seja, diversos ritmos periféricos como o dub, o reggae, reggaeton, cumbia, entre outros.

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Essa apresentação multimídia contou ainda com o MC Rodrigo Brandão, do coletivo paulista Mamelo Soundsytem, e com o baixista Dengue, da Nação Zumbi.

E hoje, 27 de Outubro, Multiplicidade e Embolex no jornal O Globo

Embolex e Multiplicidade no Segundo Caderno

Mais uma vez, o Multiplicidade recebe um grande destaque no jornal O Globo, vindo do jornalista Carlos Albuquerque do Rio Fanzine.

Citando a importância do espetáculo de hoje, a matéria exemplifica bem do que se trata o coletivo Embolex e a cultura do sampling/remix, ressaltando novamente a importância do festival Multiplicidade no cenário audiovisual brasileiro.