Multiplicidade entrevista: Jakob Bro Trio + Taragana Pyjarama + Dmtr.org

Hoje, a partir das 19h, um pedaço da Dinamarca invade o Teatro do Oi Futuro Flamengo. Para explicar precisamos voltar um pouco no tempo: no final do ano passado nosso curador esteve numa viagem cultural convidado pelo instituto dinamarquês para conhecer o distante e instigante mundo artístico nórdico, especificamente a moderna cidade de Copenhague. Durante uma intensa semana, Batman seguiu junto com outros produtores, num roteiro inusitado de eventos que misturavam performance, teatro, moda e música experimental. Voltou encantado com tanta vanguarda.

E por isso que logo mais dois grandes nomes da música dinamarquesa, Jakob Bro Trio e Taragana Pyjarama (aka Nick Eriksen), se apresentam ao lado de do VJ brasileiro Dmtr.org e promovem aqueles encontros que já são nossa marca registrada. Outra tradição nossa é aquela entrevista antes da perfomance, certo? Reunimos os três e batemos um papo. Confira!

Taragana

Blog Multiplicidade> Como vocês receberam o convite para o Multiplicidade?

DMTR.ORG> Ano passado participei do evento Diatipo e conheci pessoalmente o Billy Bacon por conta do calendário lunar. Ele acabou mencionando meu trabalho pro Batman Zavareze e logo acabamos nos conhecendo pessoalmente em São Paulo. Surgiu a vontade de colaborar em projetos e eis que a primeira colaboração é minha participação no Multiplicidade!

TARAGANA PYJARAMA> Para falar a verdade, eu não sabia muito sobre o festival, mas estou ansioso para o show. Parece que há muita expectativa em torno do evento.

JAKOB BRO TRIO> Também estou bem ansioso para o show!

JAKOB BRO (1)

BM> Quais são as principais influências de vocês?

D> É difícil dizer porque olho para muitas coisas diferentes. Mas pra citar algo: Idea Magazine do japão dos anos 70, Design gráfico suíço dos anos 60, computação gráfica de 60, 70 e 80 onde os recursos eram limitados, vejo muito pensamento e economia gráfica em todos esses lugares.

TP/Nick> As principais influências estão nas pequenas coisas da vida. Muitas vezes, acho que podem ser alguns sons que encontrei na internet, os clipes do YouTube, por exemplo. Algo que me faz querer acrescentar algo novo para o meu trabalho. Acordes, harmonias… eu ando obcecado com progressões de acordes, não de uma forma teórica, mas os sentimentos que eles provocam na gente.

JBT> Eu tenho muitas… é difícil citar algumas, então vou dizer o que ando ouvindo no momento: Mark Hollis, Old and New Dreams, Sonny Rollins, Thelonious Monk, Talk Talk, Arvo Pärt.

DMTR

BM> Dimitri, conta pra gente sobre os softwares que você utiliza? Você chegou a desenvolver algum específico para a performance no Multiplicidade?

D> Desenvolvi os dois os softwares que usarei nas performances. O convite para o festival me incentivou a dedicar tempo e atualizar ieias.

BM> Tagarana, você é de um país que é conhecido por sua criatividade musical. Como isso afeta o seu trabalho?

TP> Essa é uma boa pergunta! Eu realmente não sei, mas o ambiente exerce algum tipo de influência. É difícil dizer exatamente o quê. Eu gosto da Dinamarca e não me mudaria daqui. Eu amo o inverno, os dias escuros e frios, sempre fico muito criativo nesse período.

JAKOB BRO (2)

BM> E ainda falando sobre influências: como o jazz entrou na sua vida, Jakob?

JBT> Foi meu pai me apresentou ao jazz. Eu comecei a tocar trompete aos 5 anos e aos 8 anos entrei para a banda dos meus pais, aí troquei o trompete por um instrumento de percussão. E cresci ouvindo Louis Armstrong, Count Basie, Ellington…

Excelentes referências, Jakob. Sem dúvidas, será uma perfomance inesquecível e cheia de influências.

E você? Já confirmou presença no evento? Confirma e garanta seu ingresso! Nos encontramos daqui a pouco!

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FESTIVAL MULTIPLICIDADE 10 ANOS
4º edição 2014
Data: 18 de setembro
Local: Oi Futuro Flamengo
Enderço: Rua Dois de Dezembro 63 – Flamengo
19h: Teatro
Jakob Bro Trio (DIN) + Dmtr.org (BRA)
Entrada: R$20 / R$10 (meia-entrada)
Bilheteria Oi Futuro Flamengo e Ingresso Rápido
Lotação do teatro: 72 lugares
20h: Nível 1
Taragana Pyjarama (DIN) + Visual: Dmtr.org (BRA)
Entrada:Gratuita
Classificação etária: Livre

Festivais que inspiram #2

Dando continuidade à nossa série de posts sobre festivais que nos inspiram, hoje vamos levar vocês para uma viagem com duas paradas: uma na Sérvia e outra na Espanha. Vem com a gente!

MIRA LIVE VISUAL ARTS FESTIVAL (Espanha)

MIRA

Combinando arquitetura para criar espaços únicos e inovadores com eventos culturais (concertos, instalações, conferências e workshops), o MIRA é um festival que apresenta novas criações de artes visuais e permite uma simbiose única entre profissionais de diversos meios.

Baseado em três grandes áreas (rastreio, sensibilização e educação), o que diferencia o MIRA de outros eventos é a capacidade de entrelaçar o visual e o musical, tornando-os uma experiência única de imersão para o público.

RESONATE FESTIVAL (Sérvia)

RESONATE

Realizado anualmente no berço da cultura pré-histórica europeia, na cidade de Belgrado, e banhado pela confluência dos Rios Danúbio e Sava, o Resonate é uma plataforma de rede, informação, compartilhamento de conhecimento e educação.

Reunindo por dois dias artistas conhecidos mundialmente, o festival propõe debates e reflexões sobre o futuro da tecnologia na arte e na cultura. Além de abaranger diversas áreas que vão da engenharia de software até as teorias que envolvem as artes visuais e a cultura digital.

HOL e sua Synap.sys

Nem o dia chuvoso desanimou os cariocas que lotaram o Teatro do Oi Futuro Flamengo ontem. Mas antes da performance oficial, como contamos por aqui, o artista multimídia Henrique Roscoe fez um ensaio aberto e dividiu com o público suas experiências e peculiaridades do processo criativo.

Eduardo Magalhães - I Hate Flash-16

Eduardo Magalhães - I Hate Flash-21

“O aleatório é uma parte importante para o meu trabalho. Eu não quero tocar a mesma coisa sempre, esse é o modo que acredito e que gosto de fazer. Cada vez que eu ligo, será diferente. É o que chamo de arte generativa, programação generativa. Você pode modificar a cena em tempo real”, comentou ele enquanto mandava um preview e aquecia o instrumento feito especialmente para a apresentação no nosso Festival.

Eduardo Magalhães - I Hate Flash-43

O ensaio empolgou e fez com que a ansiedade pela performance aumentasse. Como foi o caso do estudante Marc Paul que faz fotografia na Oi Kabum “Achei incrível essa questão das sinapses e do cérebro. Me senti inspirado”. O Daniel Santos que é um profissional multimídia participou de uma oficina no nosso Festival no ano passado e saiu com uma ótima impressão do ensaio: “Achei interessante ele expor toda a receita de bolo que ele faz por trás da performance, de uma certa, já vou sair com algo a mais daqui”, comentou.

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Pontualmente às 20h, a cortinas do Teatro do Oi Futuro foram abertas e aos poucos, a plateia foi se aconchegando nas tradicionais almofadas vermelhas espalhadas por toda a escadaria. Quando os lasers cruzaram a fumaça, o público teve uma certeza: uma performance inesquecível estava por vir. Foram quase 50 minutos de projeções, sons, experimentações e diversas sensações (coletivas e individuais). Uma verdadeira sinfonia audiovisual!

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Multiplicidade entrevista: HOL

Na próxima quinta, a partir das 20h, é dia de reencontrar o artista HOL – depois de 4 anos – no teatro do Oi Futuro Flamengo. Ele já compõe música desde criança e seu primeiro instrumento foi construído no auge dos seus 10 anos (usando apenas uma colher e um elático). Mais tarde, prestou vestibular para engenharia achando que a carreira o ajudaria a construir mais sons. Também tentou comunicação e design, mas no fundo o que ele queria era fazer arte. Que sorte a nossa! Antes da performance, como já está virando uma tradição por aqui, trocamos uma ideia com esse verdadeiro prodígio. Falamos sobre o processo criativo, seu novo projeto e até o que ele anda ouvindo por aí. Vem conferir!

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Blog Multiplicidade: Como você definiria seu mais recente projeto, o Synap.sys, e o que público pode esperar dessa apresentação?

HOL: É uma performance sobre memória dividida em 3 partes: assimilação da informação do mundo exterior, retenção destas informações e uso delas na forma de lembranças. Uso basicamente imagens abstratas e sons sintéticos e tento simbolizar elementos do mundo “real” através de associações usando os parâmetros fundamentais de cada área como ritmo, escala, timbre, afinação na parte sonora e cor, forma, movimento nas imagens. Cada elemento faz parte da narrativa e foi colocado lá com uma função específica, ou seja, nada cumpre apenas a função estética. O uso de um instrumento criado especificamente para a performance contribui para esta integração, tendo características próprias ligadas ao tema proposto. É importante falar que cada instrumento que construo é usado somente na performance para a qual foi criado. isso faz com que esta unidade conceitual seja sempre mantida. Nesta o instrumento se assemelha a uma cabeça ligada a eletrodos, e, ao mesmo tempo, a sintetizadores modulares. Além deste instrumento, foi criado também uma interface com 5 canetas laser que têm seu acionamento e posição controlados pelo meu software. assim sincronizo perfeitamente a interação som/imagem/luz de acordo com minhas necessidades. Os lasers vão acrescentar também uma tridimensionalidade ao trabalho, expandindo a tela convencional e ocupando o espaço do teatro por volumes de luz criados pela reflexão dos lasers através de vários espelhos.

BM: E quais são as principais características do software que você usa na composição do seu trabalho?

HOL: Atualmente minha pesquisa envolve criação de novos instrumentos tanto em software quanto em hardware. Na parte de software, sempre crio do zero um programa que vai tocar a performance exatamente de acordo com minhas necessidades. não uso softwares prontos como os normalmente usados por VJs como resolume, modul8… Uso o Max/Msp que me permite construir um programa totalmente personalizado, a partir de uma programação desenvolvida de acordo com as necessidades específicas de cada performance. É a criação de um software composto de várias partes que controla som e imagem em tempo real, de acordo com o que idealizei inicialmente, mesmo antes de chegar no computador. Inclusive, este é uma parte importante no meu trabalho: antes de começar a produzir penso no conceito que será desenvolvido na performance e crio todas as relações entre os elementos sonoros e visuais com o tema que vou tratar. só depois que vou para o computador e começar a fazer a programação.

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BM: Se tivesse que traçar um paralelo entre sua carreira artística e os avanços tecnológicos, de que maneira elas se integram e estimulam que você crie?

HOL: Sempre uso a tecnologia como um ferramenta e meus avanços acontecem tanto na parte técnica / tecnológica quanto na conceitual. Na parte técnica, acompanho as novidades e uso o que tiver a ver com a performance que estou criando. Mas nunca coloco a tecnologia como protagonista no meu trabalho, apenas uso o digital e seus constantes desdobramentos para atingir os meus objetivos conceituais. É como um pintor que domina o pincel – que também é uma tecnologia. Não adianta ter uma ótima técnica se não tem nada a dizer. Na parte conceitual percebo também um desenvolvimento de uma linguagem no meu trabalho, onde os elementos audiovisuais cumprem uma função simbólica e narrativa. a cada nova composição sinto que consigo ir além e criar novas formas de conexão, expandindo possibilidades. Sobre minha carreira, desde que comecei como VJ, a tecnologia foi fundamental. No início por dar a possibilidade de se mixar imagens de vídeo em tempo real. Depois fui me interessando pela personalização – em software e hardware – das ferramentas que uso. Como trabalho em algumas áreas distintas, a tecnologia me permitiu ampliar as possibilidades e possibilitou me expressar através de performances, instalações audiovisuais interativas, construção de instrumentos, VJing, video mapping, etc. Entre as tecnologias que uso estão desde as básicas como laptop, projetor, até as específicas como arduino e softwares como Max/msp, vvvv, processing.

BM: Como você enxerga a cena da arte digital brasileira e os festivais em relação aos outros países?

HOL: A qualidade dos artistas brasileiros está no mesmo nível do que se faz no resto do mundo. Depois da internet as fronteiras de conhecimento caíram e se pode ter informação sobre tudo que está sendo feito no mundo praticamente sem delay. A partir daí o que vale é a criatividade, que o brasileiro tem de sobra. Talvez em termos que quantidade, aqui tenha menos gente produzindo este tipo de arte, mas a qualidade não deixa nada a desejar. No entanto, por aqui os lugares para se apresentar o trabalho são bem mais escassos que na Europa. São pouquíssimos festivais que tem uma continuidade e isso afeta muito os artistas. Além do fato de que a arte digital já acontece há mais tempo na Europa – e por isso é natural haver um número maior de espaços para apresentação – parece que no Brasil o analógico está bem mais enraizado na cultura. Fico pensando se este fator não pesa, pois é muito desproporcional a quantidade de evento que acontecem fora do Brasil com o que temos por aqui, sendo que a arte digital já existe há tempo suficiente para chegar no país. Em relação a performances audiovisuais, são raros os festivais e poucos que conseguem se manter ativos ao longo dos anos. Neste caso, o Multiplicidade é um dos pouquíssimos eventos que se mantém ativos e com uma programação de alto nível!

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BM: E pra finalizar, quais são seus artistas favoritos e o que não pode faltar no seu player?

HOL: Sempre falo que minha maior influência vem de muito tempo atrás. São os pintores russos Malevich e Kandinsky. Com eles aprendi a entender a força dos elementos fundamentais da imagem e do som e as ligações possíveis entre eles. Toda a linguagem que desenvolvo no HOL tem como fonte o trabalho e os ensinamentos destes 2 artistas do começo do século XX. Atualmente gosto de artistas de áreas diversas mas que me inspiram de diferentes formas como Alva Noto, Olafur Eliasson, Murcof, Apparat. Em relação à música costumo colocar o nome de um artista que gosto e procurar semelhantes, como nas estações do Grooveshark.

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Anotou as dicas? Agora é só se programar, garantir seu ingresso, confirmar a sua presença e aproveitar a performance do HOL essa semana. A gente se encontra lá!

Ah! E quem quiser participar do ensaio aberto e bater um papo com o HOL antes da sua perfomance, às 17h, é só enviar Nome, RG, e-mail e telefone para info@multiplicidade.com. As vagas são limitadas e estão sujeitas à lotação do Teatro Oi Futuro Flamengo.

 

Os 10 momentos mais especiais do Festival Multiplicidade

Existem datas que inevitavelmente provocam na gente uma certa reflexão. É como se parássemos e praticássemos o exercício de olhar no retrovisor para resgatar os conhecimentos passados e compreender melhor o que virá pela frente. Revendo nossos dez anos ficamos felizes em notar que a curiosidade, a imprevisibilidade e a permanência são três pilares que fazem parte da nossa trajetória. E sempre vão fazer, porque essa é uma das nossas metas: construir pontes que apontem para uma constante transformação.

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Ao olhar pra trás nos orgulhamos ao perceber que fomos importantes na formação de novos públicos, de novos profissionais de arte ligados a tecnologias de ponta e até no surgimento de novos festivais e novos espaços que também acreditam em linguagens experimentais. Por isso resolvemos nos arriscar e organizar um balanço. Foram muitos momentos vividos e tentamos destacar os 10 mais especiais. Relembre com a gente!

  • DJ Diplo + Leandro HBL @ Oi Futuro Flamengo – 2007

  • Peter Greenaway @ Teatro Oi Casa Grande – 2008

  • Arnaldo Antunes + Marcia Xavier + Edgrad Scandurra + Projeções de Vik Muniz na Fachada do centro Cultural @ Oi Futuro Ipanema – 2008

  • Chelpa Ferro & Jaques Morelenbaun @ Teatro Oi Casa Grande – 2008

  • Anti VJ + Principles of geometry @ Teatro Oi Casa Grande – 2009

  • Eumir Dedodato + Brenno Pineschi @ Teatro Oi Casa Grande – 2010

  • Zach Lieberman + Daito Manabe @ O Oi Futuro Flamengo – 2011

  • Tom Zé + SUPERUBER @ Oi Futuro Flamengo – 2012

  • EAV / Parque Lage – 2013

  • Tetine + Jarbas Lopes @ Oi Futuro Flamengo – 2014

Quem já passou por aqui

A trama dos nossos 10 anos já reuniu muita gente pelo teatro do Oi Futuro Flamengo. E aproveitamos para conversar com alguns colaboradores e artistas. No vídeo a cenógrafa Suzana Lacevitz fala um pouco sobre seu processo criativo, o artista digital Alvaro Uña comenta sobre o impacto sensorial da instalação e Scanner ainda revela qual o segredo para que o nosso Festival se mantenha por tanto tempo. Confira!

FESTIVAL MULTIPLICIDADE 2014 – ANO 10
Curadoria: Batman Zavareze
Oi Futuro Flamengo
Data: 21 de junho a 20 de julho
Terça a Domingo, de 11h às 20h
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo
Classificação etária: Livre
Entrada: gratuita

Exposição NÓS celebra 10 Anos de Multiplicidade

Em 2014, o Festival Multiplicidade inicia sua 10ª temporada e ocupa por um mês o teatro do Oi Futuro Flamengo com a exposição NÓS – uma revisão de sua história num espaço de múltiplas experiências. photo (3)   Na “caixa preta” do 8º andar, 17 projetores simultâneos sincronizados com softwares de mapping e robótica utilizam uma trama de cordas e nós como suporte para projeções com tecnologia desenvolvida por um grupo de artistas e colaboradores que passaram por edições anteriores, entre eles o artista digital catalão Alvaro Uña (artista que se apresentou em 2013 na Batalha do Passinho Remix), Bebeto Abrantes (diretor e roteirista, colaborador do festival desde o inicio), Billy Bacon (designer e artista que se apresentou em 2005), Glauber Vianna (diretor e editor), Susana Lacevitz (cenógrafaque se apresentou em 2006) e Nado Leal (DJ e produtor musical que se apresentou em 2005 e 2012), que estão remixando o baú de arquivos do festival e propondo experiências sensoriais transmitidas em telas fragmentadas e maquinadas entre as linhas. Exposição NÓS Exposição NÓS Exposição NÓSA ideia é revelar finalmente os NÓS do embaralhamento que promovemos ao longo de anos com uma programação extremamente variada revelando tecnologias do passado e do futuro. Rever o que aconteceu no Festival Multiplicidade é compreender a transformação que a tecnologia causou na sociedade. Praticamente hábitos seculares foram para o lixo e nunca mais serão lembrados pela nova geração. Neste ponto o nosso palco regasta com potência a força visionária das artese as experimentações marcantes de várias épocas, do cinema super 8 às telas ativadas e comandadas por touch screen ou sensores interativos”, reflete Zavareze.

Você pode verificar os horários, datas e local do evento neste link http://bit.ly/exposicaoNOS.

Scanner volta ao Multiplicidade

O Festival Multiplicidade celebra seus 10 anos e conta novamente com a presença do inglês Scanner (artista que esteve em 2011 no festival), reeditando ao vivo a trilha de dois curtas do celebrado cineasta francês Alain Resnais, “Toute lamémorie du monde“, de 1956 e “Le Chant du styrene”, de 1959, oferecendo um espaço de contemplação e reflexão enquanto seu som tece uma nova narrativa imaginária ao remixar o filme de estética minimalista.

Scanner

Scanner apresenta também uma performance em homenagem a Derek Jarman,
utilizando imagens do cineasta em Super 8 junto a novos arranjos das músicas de seu elogiado CD, The Garden is Full of Metal.

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Scanner at The Winter Garden

SCANNER

Robin Rimbaud, inglês conhecido como Scanner, é um músico eletrônico completamente ligado na cultura pop digital e suas criações atravessam o terreno experimental do som, espaço, imagem e forma, resultando em obras sonoras com multi-camadas quemisturam tecnologia a ruídos não convencionais, como o dispositivo utilizado para captar sinais de rádio patrulha e telefonia móvel em suas primeiras gravações e que lhe renderam seu nome artístico.
Admirado por artistas internacionais como Bjork, Aphex Twin e Stockhausen, Robin estudou Modern Arts na Kingston University (Londres) e têm contribuído intensamente com a “Arte sonora” desde 1991, produzindo shows, instalações e elogiados álbuns considerados por críticos como obras inovadoras e inspiradoras para a música eletrônica contemporânea. Depois da passagem pelo renomado centro de pesquisa Le Fresnoy (FRANÇA) – comoconsultor e artista durante 1 ano, atualmente é artista residente do MIT Center for Art (EUA) e nos últimos anos esteve envolvido na criação de trilhas sonoras para filmes, espetáculos de dança, além de campanhas publicitárias da Philips, Nike, Adidas, Diesel, Chanel e Mercedes Benz.

Ao final da apresentação de Scanner, será lançado o mais novo livro do festival, sempre com um cuidado especial no design e detalhes gráficos. A direção de arte é assinada por Leonardo Eyer através de seu premiado escritório BOLDº a design company.

Vem aí o Festival Multiplicidade 2014

Livro-catálogo 2014

Em 2014, o Festival Multiplicidade inicia sua 10ª temporada e ocupa por um mês o teatro do Oi Futuro Flamengo com uma exposição no formato de instalação interativa e que revisita sua história num espaço de múltiplas experiências. Na “caixa preta” do 8º andar, 17 projetores simultâneos sincronizados com softwares de mapping e robótica utilizam uma trama de cordas e nós como suporte para projeções com tecnologia desenvolvida por um grupo de artistas e colaboradores que passaram por edições anteriores, entre eles o artista digital catalão Alvaro Uña (artista que se apresentou em 2013 na Batalha do Passinho Remix), Bebeto Abrantes (diretor e roteirista, colaborador do festival desde o inicio), Billy Bacon (designer e artista que se apresentou em 2005), Glauber Vianna (diretor e editor), Susana Lacevitz (cenógrafa que se apresentou em 2006) e Nado Leal (DJ e produtor musical que se apresentou em 2005 e 2012), que estão remixando o baú de arquivos do festival e propondo experiências sensoriais transmitidas em telas fragmentadas e maquinadas entre as linhas.

Junto com a inauguração da exposição, acontece o coquetel de lançamento do novo livro do festival, desenvolvido pela Boldº, com direção de Leonardo Eyer e novamente a presença do inglês Scanner (artista que esteve em 2011 no festival), reeditando ao vivo a trilha de dois curtas do celebrado cineasta francês Alain Resnais, “Toute la mémorie du monde”, de 1956 e “Le Chant du styrene”, de 1959, oferecendo um espaço de contemplação e reflexão enquanto seu som tece uma nova narrativa imaginária ao remixar o filme de estética minimalista.

Scanner apresenta também uma performance em homenagem a Derek Jarman, utilizando imagens do cineasta em Super 8 junto a novos arranjos das músicas de seu elogiado CD, The Garden is Full of Metal.