Encerramento com Dudu Dub

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DJ, produtor, colecionador e pesquisador de disco de vinil, além de criador de identidade musical e trilhas sonoras diversas marcas de moda, Dudu Dub trabalha em clubs e festas desde final dos anos 80.

Tocou em diversos locais do Rio de Janeiro como o Kitshnete (pós-Crepusculo de Cubatão), 00, Rock In Rio 2001, Fundição  Progresso,THC, Minimal Sessions/Les Artistes, Melt, Dama de Ferro, entre diversos outros locais do Rio de Janeiro que ditavam tendência musicais.

Dudu possui uma carreia que se entrelaça com a indústria da moda, grande parte dela dedicada aos grandes desfiles.

Desde 98, começando na Semana Leslie de Moda, faz trilhas para desfiles de marcas como Mara Mac (2005, 2008, 2009, 2010) e Maria Bonita Extra (2012) no Fashion Rio e Maria Bonita no SPFW (de 2006 até 2012).

Em 2008 foi convidado pelo diretor criativo da marca francesa Paule Ka para selecionar a nova música brasileira através de artistas como Cibele, Bebel Gilberto, Bossacucanova, Bid, Funk Come Le Gusta, dentre outros.

Atualmente vem pesquisando novas sonoridades para seus sets de House e Deep Techno.

Segundo Dudu, “o que me move depois de todo esse anos tocando e buscando novos artistas e sonoridades, com essa ferramenta (Soundcloud) posso escutar desde demos obscuras da Finlândia até  o ultimo lançamento de um selo inglês – meu sets nunca mais serão os mesmos!

Explorando novos caminhos para a noite carioca, fez festas com o coletivo LINK que mistura video projeção, arte e música, e discotecagem no lugar do momento no Rio, a Comuna, misto de lounge e galeria de arte.

Selva

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Lumisokea é um projeto colaborativo da dupla belga-italiana formada por Koenraad Ecker e Andrea Taeggi.

A dupla lançou esse segundo álbum Selva pelo selo holandês Eat Concrete em novembro e 2012. Enquanto o selo tem sido anfitrião de outros artistas mais abertamente experimentais , Selva apresenta formas mais clássicas de experimentalismo , mais parecido com o trabalho atmosférico de artistas como Alva Noto que a obra focada em batidas caóticas de artistas como Daedelus.

A música se sente tanto convidativo e inquietante ao mesmo tempo , reverberando sons de piano quentes são intercaladas com rajadas de ruídos e sons de grades de concreto. Abertura faixa ‘ Disert ‘ talvez os epitomes que os temas atravessam o álbum o melhor , misturando piano preparado com ritmos dub taciturno, assim como artistas como Oneohtrix Point Never (através de sintetizadores intercalados)

Apesar do clima atmosférico, a aposta do espetáculo é o dub e o dub techno. Utilizando essas camadas pré-gravadas de instrumentos acústicos (como o piano preparado seguindo a bula de John Cage), a dupla sobrepõe sons e os manipula ao vivo.

Andrea é o responsável pelas batidas e andamento da música, enquanto Koenraad distorce os sons pré gravados com efeitos Glitching , mas usado uma sutileza raramente vistos. Através desse processo de recorte-e-colagem, a dupla vai guiando o público, então imerso em um ambiente completamente escuro e envolto em fumaça.

 

A carga visual do espetáculo é simples, porém impressionante. Um potente projetor localizado na frente da dupla utiliza barras de luz criadas pelo artista Legoman. Apoiadas por uma densa fumaça produzida por um hazemaker, esses faixos criam figuras tridimensionais e hipnóticas em cima do público e que variam de acordo com os batimentos, andamentos e texturas selecionadas pelo Lumisokea.

Musicalmente, o Lumisokea utiliza gravações de campo (paisagens sonoras) retrabalhadas e gravações de instrumentos acústicos, alinhados a ritmos mais contemporâneo como o dub e o dub techno.

Lumisokea – Selva

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O Lumisokea é uma dupla belga-italiana formada por Koenraad Ecker e Andrea Taeggi. Sua música aposta em texturas incrivelmente físicas e ricas, usando tanto instrumentos acústicos (violoncelo, piano preparado), bem como hardware analógico para criar uma experiência de sombria e introspectiva.

Suas influências vão desde o dub ao noise, passando pela bassmusic, techno, musique concréte e música clássica contemporânea, focando em certos elementos-chave para induzir estados de transe através de frequências, mover corpos pelas batidas cadenciadas e enfatizar as qualidades táteis do som por diversas texturas sonoras sobrepostas em camadas.

Para fortalecer o impacto do espetáculo Selva junto ao público, o Lumisokea trabalhou junto com o artista Yannick Jacquet ( conhecido como Legoman) para criar uma atmosfera visual . Legoman é um respeitado vídeo-artista, conhecido também como um dos fundadores do AntiVJ.

O visual e cenografia projetados por Jacquet Yannick para Lumisokea são baseados em uma idéia simples, mas altamente eficazm de projetar lentamente vigas geométricas, abstratas de luz em um campo de sala escura cheia de fumaça em direção ao público, gerando um como verdadeiras barras flutuantes.

Ao contrário da maioria dos recursos visuais utilizados em diversas apresentações musicais, essas formas em movimento para não tentar adicionar um certo significado concreto ou imaginário  à musica de Lumisokea.

Na realidade, elas funcionam como um ponto focal hipnótico e uma maneira de libertar o público dos limites do espaço físico, através desse uso das qualidades táteis e ilusória de luz projetadas em fumaça.

Lumisokea tem dois álbuns lançados pelo seto Eat Concret: Automatons (2011) e Selva (2012). Dois novos lançamentos estão programados para o Outono de 2013.

Sobre Emílio Domingos

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A terceira apresentação do Festival Multiplicidade 2013 traz o diretor de cinema Emilio Domingos junto com o artista digital Alvaro Uña apresentando uma versão editada ao vivo do filme “A Batalha do Passinho“.

Utilizando softwares de recorte e colagem, os artistas irão recontar a história do filme de forma não-linear, transformando a narrativa cinematográfica em um episódio completamente, amparado por dançarinos do passinho e um DJ.

O som do funk, que por si só é um recorte-e-colagem de diversos outros estilos e caracterizado hoje pela batida do tamborzão, retroalimenta o filme, funcionando como marcação de tempo.

Emílio Domingos é um dos produtores e cineastas mais ativos do Rio de Janeiro hoje. Sem nenhum patrocínio conseguiu realizar A Batalha do Passinho de forma totalmente independente.

Além do filme apresentado, Emílio é diretor do filme L.A.P.A. (junto com o empresário e cineasta Cavi Borges). Atualmente, prepara um novo filme, chamado “Deixa na Régua!” sobre a cultura do corte de cabelo “estilizado” dos jovens de comunidades.

Geoffroy Mugwump no Festival Multiplicidade

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No cenário atual, é fato concreto que DJs e produtores de música eletronica voltadas à pista de danças tem que se arriscar e buscar novos horizontes fora de seu nicho. O belga Geoffroy Mugwump é um belo exemplo de como não se contentar a centralizar seus elementos de pesquisa musical para um determinado público.

Geoffrey é descrito pelo Resident Advisor como “o catálogo mais diversificado no campo house music atual”, além de ter sido resenhado pelo site Pitchfork como “atemporal” e com um conjunto sólido “.

Junto com o parceiro Kolombo formam o duo Mugwump, onde ambos o criaram uma imersão musical de forma não-estereotipada, que nada mais é que a fusão dançante da música pop dos anos 80, edm, dub, industrial Funk com influências new-beat, modern disco e techno de baixa rotação.

Desde seus primeiros passos juntos, Geoffroy Mugwump & Kolombo fizeram uma verdadeira fusão disco-techno através de seu hino slo-mo “Boutade” sendo a pedra angular de seu rico catálogo e um clássico moderno atual.

Essa música ficou conhecida como um hino ao slo-mo electronic music, com grooves cadenciados e andamento mais lento, abrindo portas para diversos artistas que queriam fugir de um som que então dominava as pistas de dança.

Mugwump recentemente relançou a música pelo selo Let’s Play House, remixada por Andrew Weatherall e Tim Fairplay ‘s em versão technohouse.

No dia 12 de Setembro no Festival Multiplicidade, o DJ apresenta-se durante festa de encerramento logo após o artista plástico e digital Fernando Velázquez no Oi Futuro Flamengo gratuitamente.

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