Festival Música Estranha celebra tudo o que não é comum

Musica Estranha

 

Começa neste sábado a edição 8 1/2 do festival Música Estranha. Com nome inspirado no clássico filme de Federico Fellini, o evento de música e artes híbridas busca, nas palavras do seu curador e idealizador Thiago Cury, “fugir do formato clássico de transmissão de shows ao vivo”. Até domingo, o ME vai alternar debates, com a presença de um mediador, oficinas e intervenções artísticas.

Entre os convidados do festival, que vai até o próximo domingo, estão nomes como Ana Garcia, o criador do Multiplicidade Batman Zavareze, Bernardo Oliveira, Chico Dub, Pérola Mathias (debates),Lello Bezerra (oficinas), Kiko Dinucci, M.Takara, Fernando Velàzquez e Dimitri Lima. Mais informações nas redes sociais do Música Estranha

A vida entrelaçada em um iceberg

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Para o meio ambiente, os icebergs são o canarinho na mina de carvão. São esses gigantescos blocos de gelo que dão os primeiros sinais de alterações climáticas. E esses alertas não param de acontecer, como tem demonstrado inúmeros estudos científicos e reportagens sobre o aquecimento global.

Para artistas como Fernando Velázquez – em cartaz no #Multiplicidade2018 com a obra em VR “Iceberg” – e Adriene Hughes, tais formas são também uma poética inspiração para refletir sobre a relação entre ser humano e natureza.

Após uma viagem de 20 dias à Groenlândia em 2015, a artista visual norte-americana  criou o belíssimo ensaio fotográfico “Threaded icebergs”, no qual insere linhas geométricas, semelhantes aos fios de uma tecelagem. Através delas, simboliza a passagem do vento, da luz, da água e do tempo por essas montanhas de gelo. “São como histórias do passado, presente e futuro esculpidas nos icebergs”, descreve ela em seu site.

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Primeiras fotos do Multi_02_13

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Primeiras fotos da segunda apresentação do Festival Multiplicidade de 2013, com o trabalho “Mindscapes” do artista uruguaio Fernando Velazquez e DJ set do belga Geoffrey MUGWUMP.

Créditos:
Diana Sandes_Festival Multiplicidade
Marcio Leitão_Festival Multiplicidade
Rodrigo Torres_Festival Multiplicidade

Mindscapes no Festival Multiplicidade

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“Vemos com os olhos, mas também vemos com o cérebro, e ver com o cérebro é o que comumente chamamos de imaginação. Estamos familiarizados com as paisagens da nossa imaginação, nossos inscapes, vivemos com eles por toda a vida”… 
Oliver Sacks (ted.com, 2009)

A série Mindscapes é um trabalho multidisciplinar  do artista Fernando Velázquez, que inclui vídeos, metacrilatos, uma instalação interativa e uma performance audiovisual onde se explora a ideia de paisagem relacionada à atividade cerebral.

Mais do que buscar uma literalidade, a pesquisa recorre a algoritmos generativos para especular a respeito dos processos, fluxos e relacionamentos entre os diversos dispositivos e sistemas que nos conformam, e influenciam o modo como percebemos o mundo, construímos o conhecimento e articulamos memórias.

Esse conjunto de obras transmídias refletem metaforicamente a respeito da atividade cerebral. Por trás dos fenômenos bio-químicos que acontecem no cérebro no nível físico, existe uma outra camada semántica, complexa e rizomática, relacionada com a forma como percebemos o mundo, e construímos e acionamos a memória e o conhecimento. O material é gerado em tempo real a partir de processos generativos programados em softwares específcos.

Falando sobre atividade cerebral, esse é um daqueles fenômenos invisíveis, como a gravidade, que alimenta a vida como nós a conhecemos sempre tão discreta.

É impossível a um ser humano entender quando suas sinapses cerebrais começam a disparar, mas certamente isso pode ser sentido através de resultados como idéias e outras manifestações como fala e mobilidade acontecer.

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Fernando Velázquez decidiu traduzir esta força de vida invisível em imagens, investigando o que está por trás dos fenômenos bio-químicos que ocorrem no cérebro em um nível físico. “Não há outra camada semântica, muito complexa e rizomática, relacionado com a forma como percebemos o mundo, e construir e provocar a memória e conhecimento”, diz ele em seu site.

Através de algorítimos previamente captados de atividades cerebrais do artista, Fernando transforma esses números em imagens e paisagens digitais impressionantes, utilizando a mesma força para gerar um conteúdo de áudio em tempo real.

Cada input cerebral capturado gera uma frequência sonora comandada pelo artista, assim como uma paisagem de formas e cores harmonicamente regidas de acordo com a vontade de criador, totalmente ao vivo.

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Fernando Velázquez: Mindscapes

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Depois da bombástica abertura do ano 09 no final de Agosto com Multi_Kids, Atom e Daedelus, chegou a vez da segunda edição do Festival Multiplicidade ocupar novamente o Oi Futuro Flamengo.

Marcada para 12 de Setembro, essa segunda edição conta com a presença do artista digital uruguaio Fernando Velázquez que traz pela primeira vez ao Rio sua performance Mindscapes. Já na tradicional festa de encerramento, o DJ belga Geoffroy Mugwump, um dos maiores nomes do movimento slo-mo techno, encerra a edição em clima de “festa no museu”.

O Festival Multiplicidade ainda guarda algumas surpresas para 2013, com uma semana de ocupação no mês de novembro, com atrações inéditas nacionais e internacionais. Fiquem ligados aqui no blog e no nosso Facebook pra saber mais sobre os artistas dessa edição!

12 de Setembro: Fernando Velazquez + DJ set Geoffroy Mugwump

E pra não perder o pique, no dia 12 de Setembro o Festival Multiplicidade traz o uruguaio radicado no Brasil Fernando Velazquez com sua performance Mindscapes, além de uma festa de encerramento com o DJ belga Geoffroy Mugwump.

Anotem na agenda!

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