Atom ™ & Raster Noton – HD

Em 2007 aconteceu então reencontro de Uwe com a sua personalidade Atom ™, junto ao selo Raster Noton, propriedade do designer e artista multimídia Alva Noto. Este espetáculo vem a ser a evolução de sua obra desde então, com reprodução de áudio e vídeo em tempo real, através de um diálogo técnico no palco.

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Nas palavras do próprio artista:

“Como tantas vezes me pediram para dizer e escrever algo sobre a gravação que você está tendo na sua frente:.” HD “Para qualquer músico este é sem dúvida um momento complicado, já que a escolha do meio já tinha sido tomada no primeiro lugar. No entanto, parece que a palavra escrita tem de acompanhar a música, se não apenas para garantir que o compositor saiba como defender-se. Deixe-me ser franco: este tem sido um trabalho bastante ingrato. Então, não quero que minhas palavras pareçam como um método de justificativa ou explicação. Na minha modesta opinião não precisa de qualquer um dos dois. No mesmo sentido em que “Liedgut” não era sobre romantismo e “Winterreise “não tinha nada a ver com Schubert,” HD “não se trata de qualquer coisa.

Eu gostaria de expressar em um texto longo ou gostaria de vê-lo ser capaz de identifica-lo ou vende-lo com um título chamativo. Para isso, além dos detalhes descritivos, resumo: 

HD é um trabalho espiritual

HD é uma obra musical

HD é um trabalho científico “

As primeiras gravações de “HD” foram feitas em 2005. Naquela época, o álbum ainda carregava outro título que era “Hard Disc Rock”, sendo objeto de trabalho do músico ao longo de 9 anos para finalmente ganhar forma com o nome atual.

atome284a2-e28093-hd“HD” contém de contribuições de amigos e colegas, como Jamie Lidell (vocais em “I love U”), Alva Noto (programações adicionais para “Ich bin meine Maschine”), Marc Behrens (programações adicionais sobre “Strom” e “My Generation”), Jean-Charles Vandermynsbrugge (vocais em “Pop HD”). Dominique Depret (guitarra) e estrela pop chileno Jorge Gonzalez (backing vocal, guitarra e matérias-primas baixo) – além de uma variada seleção de músicos convidados que reflete muito do espírito geral de “HD”.

Para escutar um pouco mais do atom, basta ir em seu site no selo Raster Noton.

Retrospectiva Multiplicidade 2011: Projeto Cavalo

Texto presente no livro-catálogo Multiplicidade 2011, a ser lançado no dia 13 de Setembro de 2012 no Oi Futuro Flamengo.

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O Projeto Cavalo foi criado em 2010 a partir da iniciativa dos artistas plásticos Cadu, Eduardo Berliner, Paulo Vivacqua e Felipe Norkus através do programa de estímulo à produção colaborativa patrocinado pelo British Council. Com o objetivo de se desenvolver em diversas linguagens artísticas, o coletivo então passou a buscar outras formas de expressão para o que viria a ser a apresentação no Multiplicidade um ano depois das primeiras conversas com os artistas.

Com a adição de Rodrigo Miravalles, Audrin Santiago, O DIVINO, Tonho e Bleque, os membros do grupo passaram a desenvolver suas expertises individuais dentro de um todo, o que resultou em esculturas, desenhos, pinturas, fotografias, vídeos, registros sonoros e textuais apresentados em exposições e mostras. Esse envolvimento coletivo deu ao projeto um amplo campo investigativo e um risco iminente do que se tornaria a performance final que abriu a Semana Especial do Festival Multiplicidade 2011.

Utilizando-se da figura do animal por seu simbolismo envolvendo poder, força e dominação, o grupo iniciou uma pesquisa que remete desde a lenda do Cavalo de Troia até os tempos atuais, abrindo com um filme criado especialmente para a apresentação, gravado no Jockey Club do Rio de Janeiro e no ateliê de trabalho do coletivo. Essa projeção, feita numa tela translúcida, era acompanhada de uma poesia contemplativa.

ImagemImerso em um ambiente sombrio, o público experimentava uma análise subjetiva sobre a vida do animal, desde seu nascimento ao sacrifício, em cenas fortes interpretadas pelos nove membros do coletivo, que se revezavam em diferentes funções. Ao final, esses instrumentos eram reunidos no centro do palco, formando uma estrutura de madeira como um verdadeiro e imponente cavalo. Pinturas e figurinos, criados respectivamente por Eduardo Berliner e as estilistas da Muggia, completavam o conceito de forma visceral.

A Semana Especial do Festival Multiplicidade 2011 aconteceu do dia 24 de novembro ao dia 1° de dezembro, com um formato jamais experimentado pelo evento, reunindo uma série de atividades diariamente. Foram performances, debates, exposições, instalações e sessões de filmes montados em diferentes espaços da cidade, como centros culturais e espaços públicos, abrigando uma diversidade de linguagens artísticas para um público ampliado. O Projeto Cavalo abriu a sequência das atividades com sua performance no teatro do Oi Futuro Flamengo e, três dias depois, numa praça pública no bairro da Tijuca.

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Entrevistando Cadu, do Projeto Cavalo

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Projeto Cavalo, criado pelos artistas plásticos Cadu, Paulo Vivacqua, Eduardo Berliner e Felipe Norkus, abriu nossa semana dentro do Oi Futuro Flamengo, casa do Multiplicidade. Com uma performance que envolvia muito de teatro e música, o coletivo que contava ainda com Rodrigo Miravales, Audrin Santiago, Rodrigo Bleque, Adriano Motta (O Divino) e Antônio João, apresentou uma obra visceral, falando da figura do cavalo desde seu nascimento até a morte e hipnotizando um teatro com lotação máxima.

Ao longo de quase uma hora, diversos objetos compunham o palco em que os músicos/artistas, autodenominados Orquestra Equestre de Libertação se revezavam nos instrumentos disponibilizados, cada qual interpretando um personagem específico na chamada Ópera do Cavalo. Ainda, desenhos e pinturas criadas ao longo do projeto estavam expostas para o público.

Essa performance impressionante, que foi abertura da semana especial gerou um desdobramento no domingo seguinte, dia 27 de novembro, na praça Xavier de Brito, na Tijuca, com uma intervenção sonora do projeto nas carroças disponíveis alí.

http://cavaloproject.tumblr.com/

A primeira parte da Semana Especial Festival Multiplicidade 2011

Durante quatro dias intensos, estivemos espalhados por diversos locais do Rio de Janeiro com a primeira parte da nossa semana especial Festival Multiplicidade 2011, que ocupou o Oi Futuro Flamengo, o Instituto Cervantes de Botafogo, o Instituto dos Arquitetos do Brasil e a Praça Xavier de Brito, na Tijuca.

O Projeto Cavalo, criado pelos artistas plásticos Cadu, Paulo Vivacqua, Eduardo Berliner e Felipe Norkus, abriu nossa semana dentro do Oi Futuro Flamengo, casa do Multiplicidade. Com uma performance que envolvia muito de teatro e música, o coletivo que contava ainda com Rodrigo Miravales, Audrin Santiago, Rodrigo Bleque, Adriano Motta (O Divino) e Antônio João, apresentou uma obra visceral, falando da figura do cavalo desde seu nascimento até a morte e hipnotizando um teatro com lotação máxima.

No dia seguinte, estivemos no Instituto Cervantes de Botafogo para a abertura da exposição END, de Carlos Casas, que contou ainda com a exibição do filme “Siberia – Hunters Since the Beginning of Time” no auditório da casa. Bebeto Abrantes, documentarista e diretor da Cara De Cão Filmes e Carlos Alberto Mattos, crítico de cinema, realizaram um debate bastante animado sobre o processo do diretor na criação dos filmes e as dificuldades de filmar nesse ambiente hostil.

Sábado, pela primeira vez Carlos pôde executar sua vídeo-instalação END ao vivo, junto ao coletivo Chelpa Ferro, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com aproximadamente 220 pessoas presentes, em um dos mais belos momentos do festival Multiplicidade até hoje.

Encerrando a primeira metade da semana, os cavaleiros do Projeto Cavalo foram à Praça Xavier de Brito para a derradeira performance dentro da Semana Especial. Mesmo sob chuva, os moradores e os presentes puderam usufruir da charrete e presenciar a intervenção sonora dos artistas.

 

Abaixo, uma galeria com 34 fotos tiradas ao longo dos dias por Rodrigo Torres e Diana Sandres.

Abrindo a semana especial Festival Multiplicidade 2011, o Projeto Cavalo

Projeto Cavalo

Abrindo a sua semana especial de encerramento da temporada 2011, o Festival Multiplicidade traz o Projeto Cavalo para se apresentar no dia 24 de novembro no teatro do Oi Futuro Flamengo em  uma performance audiovisual e teatral inédita.

Reunidos sob o nome de Orquesta Equestre de Libertação, o coletivo de artistas plásticos  formado por Cadu, Eduardo Berliner, Paulo Vivacqua, Felipe Norkus, Rodrigo Miravalles, Audrin Santiago, Adriano Motta, Antônio João e Rodrigo Bleque utiliza-se de esculturas, ações, desenhos, fotografias, registros sonoros e textuais apresentados em exposições e eventos culturais, que agregaram ao projeto um amplo campo de iniciativas e o envolvimento de profissionais de diversas áreas da criação.

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Utilizando-se da figura do Cavalo por seu simbolismo envolvendo poder, força e dominação, o grupo iniciou uma pesquisa que remete desde a lenda do Cavalo de Tróia até os tempos atuais, montando uma estrutura com diversos instrumentos musicais, aliados à projeções de imagens obtidas em locais como o Jockey Club do Rio de Janeiro. Esse trabalho tem como objetivo discutir a figura do animal ao longo da história humana, desde o nascimento à morte.

O projeto Cavalo já gerou diversos desdobramentos, como o Donkey Mail, apresentado na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em dezembro de 2010, onde o mesmo chumbo utilizado para moldar ferraduras era derretido para se transformar em pequenas estatuetas de cavalos.

Figurinos também foram desenvolvidos para essa apresentação, criados sob medida de forma artesanal pelas estilistas Ana Beatriz e Juliana Suassuna do Ateliê Muggia.

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Projeto Cavalo na Praça

Dando continuidade, no domingo seguinte, dia 27 de novembro, o Projeto Cavalo realiza uma ocupação da Praça  Xavier de Brito, localizada no Bairro da Tijuca. O local, popularmente conhecido como praça dos Cavalinhos, onde os movimentos dos cavalos e charretes disponíveis para experimentação serão captados e mixados com os sons obtidos na apresentação do Multiplicidade.

Serviço

>  Projeto Cavalo

Data: Dia 24 de Novembro de 2011

Local: Oi Futuro do Flamengo – Rua Dois de Dezembro, 63.

Horário: 19h30

Entrada: R$15,00 (com meia-entrada – R$7,50)

Capacidade do local: 88 lugares

Censura: Livre

 

> Projeto Cavalo na Praça Xavier de Brito

Data: Dia 27 de Novembro de 2011

Local: Praça Xavier de Brito
Esquina da Avenida Maracanã com a Rua Dr. Octavio Kelly – Tijuca

Horário: 12:00

Transporte saindo do Oi Futuro Flamengo às 11h30 da manhã, com retorno às 16h. Sujeiro à lotação

Semana Especial Festival Multiplicidade 2011

No mês de Novembro de 2011, o Festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados assume pela primeira vez a dinâmica de uma semana especial. Nesse formato inédito, diversos artistas estarão envolvidos com seus trabalhos em diversos modos, como cinema, performances, intervenção, instalação e exposição distribuídos por diversos locais da cidade do Rio de Janeiro.

Abrindo a semana em uma quinta-feira, dia 24, o Oi Futuro Flamengo recebe a performance do Projeto CAVALO, formado por Cadu, Eduardo Berliner, Paulo Vivacqua, Felipe Norkus, Rodrigo Miravalles, Audrin Santiago, Adriano Motta, Antônio João e Rodrigo Bleque. Esse coletivo de novos artistas é conhecido por flertar em diversas áreas, como pintura, escultura, música, vídeo-arte, entre outras, e apresenta pela primeira vez esse trabalho que une teatro, performance e projeções.

No segundo dia, 25, o Instituto Cervantes abre as portas exposição END, do artista espanhol Carlos Casas. Ao longo de 10 anos, Carlos percorreu regiões inóspitas e solitárias e produziu a trilogia END sobre a solidão nos confins do mundo, como a Patagônia, o Mar do Aral e a Sibéria. Estarão expostas 10 fotos e uma video-instalação dessa obra. Esse dia ainda conta com um coquetel de abertura, a mostra do filme “Siberia – Hunters Since the Beginning of Time” (87 min/2010) e um bate papo envolvendo Carlos Casas, o documentarista Bebeto Abrantes e o crítico de cinema Carlos Alberto Mattos.

No dia 26, Carlos Casas se apresenta junto ao grupo experimental Chelpa Ferro no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com uma instalação tríptica (3 telas) da sua obra END, com trilha sonora executada ao vivo.

No domingo dia 27, o Multiplicidade vai para a praça Xavier de Brito, no bairro da Tijuca, continuar com o Projeto CAVALO. Conhecida como praça dos cavalinhos, o local abriga diversas charretes que podem ser locadas pelo público. Estas receberão sensores eletrônicos que captarão os movimentos musculares dos cavalos e a movimentação das charretes para criar uma intervenção sonora a ser mesclada com o material produzido no dia 24.

Terça-feira dia 29 retornamos ao Oi Futuro Flamengo com a apresentação Manifesto Futurista, do alemão Thomas Köner e da pianista sérvia Ivana Neimarevic. Reinterpretando o poema homônimo do italiano Filippo Marinetti, a dupla cria uma performance audiovisual única, contestando o futuro através das previsões do passado.

Quarta-feira dia 30, Thomas novamente se apresenta no auditório Oi Futuro Flamengo com o também alemão Jürgen Reble, trazendo a performance Materia Obscura. Utilizando imagens em alta resolução de células e hemácias, os artistas  regem uma ópera sobre a matéria que existe no espaço e que não pode ser vista a olho nu.

Finalizando a semana, quinta-feira dia 1 de dezembro é dedicado a Glauber Rocha em homenagem aos seus 30 anos de falecimento. Neste dia o escritor e produtor Nelson Motta lança o livro Primavera do Dragão, sobre a juventudo do cineasta, realizando também um bate-papo e leitura de trechos. Logo após, o coletivo A_Factory, liderado por Pedro Paulo Rocha, filho de Glauber, realiza uma apresentação e uma releitura da obra do diretor chamada Kynoramas Glauber Machine. Finalizando a noite e a semana, o DJ Nado Leal comanda o coquetel de encerramento da sétima temporada do festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados.

Além destas mais diversas performances, uma programação de cinema estará disponível ao público no Oi Futuro Flamengo durante todos os 7 dias. Serão diversos temas divididos em cinco programas, passando pela história do Multiplicidade, seus artistas, parceiros e influências do festival divididos entre o Teatro Oi Futuro e o Cubo, estrutura montada no primeiro andar do Centro Cultural.