Serviços das performances da Semana Especial Multiplicidade 2011

Como a semana do Festival Multiplicidade 2011 acontece em diversos dias e locais da cidade, surgiram diversas dúvidas sobre onde comprar e como seria para ir nos dias de espetáculos e sessões de cinema.

Apesar de grande parte acontecer no Oi Futuro Flamengo, teremos acontecimentos no Instituto Cervantes de Botafogo, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e na praça Xavier de Brito, na Tijuca. Abaixo, fizemos um guia dos serviços das apresentações e das sessões de cinema do Festival.

>> Dia 24 de Novembro – Projeto Cavalo

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 para estudantes).

Locais de Venda:

A partir de 21/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 22/11 no Oi Futuro Flamengo

>> Dia 25 de Novembro – Exposição END

Onde: Instituto Cervantes de Botafogo, a partir de 18:00.

Ingressos: Entrada gratuita, sujeita a lotação.

>> Dia 26 de Novembro – END_Performance

Onde: Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), 20:00. (400 lugares)

Ingressos: Entrada gratuita. Senhas distribuidas no Oi Futuro Flamengo 30 minutos antes do espetáculo.

>> Dia 27 de Novembro – Projeto Cavalo na Praça Xavier de Brito

Onde: Praça Xavier de Brito, entre a Avenida Maracanã e Rua Dr. Octavio kelly. A partir de 12:00

Ingressos: Gratuito. Vans saindo do Oi Futuro Flamengo às 11:30 (sujeito à lotação)

>> Dia 29 de Novembro – O Manifesto Futurista

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 para estudantes).

Locais de Venda:

A partir de 28/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 29/11 no Oi Futuro Flamengo

>> Dia 30 de Novembro – Matéria Obscura

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 meia-entrada).

Locais de Venda:

A partir de 28/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 29/11 no Oi Futuro Flamengo

>> Dia 01 de Dezembro – Kynoramas Glauber Machine

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 meia-entrada).

Locais de Venda:

A partir de 28/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 29/11 no Oi Futuro Flamengo

O END_Performance no IAB

Carlos Casas + Chelpa Ferro – END_Performance

Apresentação única no dia 26 de novembro de 2011

 

O Festival Multiplicidade, em seu sétimo ano consecutivo, apresenta uma performance única de Carlos Casas junto ao grupo carioca Chelpa Ferro, recriando ao vivo a trilha sonora dos filmes que compõe END. A proposta é recriar a trilha do filme, mesclando elementos sonoros captados e produzidos por Carlos com a identidade sonora experimental do grupo.

Criado em 1995 pelos artistas plásticos Barrão e Luiz Zerbini, e pelo editor de cinema Sergio Mekler, o Chelpa Ferro explora a plasticidade do som em esculturas, objetos, instalações, performances e apresentações musicais que desafiam os sentidos do espectador. Entre outras mostras, o grupo esteve nas bienais de Veneza (2005), Havana (2003), São Paulo (2002, 2004) e na Bienal de Arte Contemporânea de Liverpool (2002).

Essa apresentação única e histórica acontece no dia 26 de Novembro, sábado, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), anexo ao prédio do centro cultural Oi Futuro Flamengo.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=EwdTe3BtqPI]

> Serviço:

Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB)

Rua. do Pinheiro, 10 – Flamengo

CEP 22221-050 – Rio de Janeiro-RJ

(21) 2557-4480

(21) 2557-4192

iabrj@iabrj.org.br

www.iabrj.org.br

Entrada Franca, sujeita à lotação.

A Exposição END, no Instituto Cervantes do Rio de Janeiro

A partir do dia 25 de Novembro, o Instituto Cervantes Botafogo recebe a exposição baseada na trilogia END de Carlos Casas, baseada nos filmes produzidos pelo cineasta ao longo desses 10 anos de trabalho.
Serão expostos aqui diversas fotos que compreendem o universo de personagens e paisagens, documentando o que foi observado por Casas durante suas viagens.

Ainda será exibido o filme “Sibéria – Hunters Since the Beginning of Time” (87 min), seguido de um bate papo com o documentarista Bebeto Abrantes e com o crítico de cinema Carlos Alberto Mattos.

No dia 25 acontece o cocktail de inauguração, contando com a presença de Carlos Casas falando do processo de criação e pesquisa de seus filmes.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=uS3FRq8S8_8&w=420&h=315]

> Serviço:

Exposição END

Abertura dia 25 de novembro de 2011

Instituto Cervantes Botafogo

Rua Visconde de Ouro Preto,62 – Botafogo

CEP 22250-180 – Rio de Janeiro-RJ

(21) 3554-5910

http://riodejaneiro.cervantes.es/

Entrada Franca

Quem é Carlos Casas

Carlos Casas é um cineasta experimental catalão cujo trabalho consiste em produzir filmes baseados em experiências próprias ao aventurar-se no que considera o fim do mundo e extrair destes imagens, histórias e sons. A busca por esse universo que considera a periferia do mundo, mas absolutamente de modo não-pejorativo – como o próprio insiste em frisar – criou um material rico em sentimentos, com uma estética própria.

Nascido em 1974 na cidade de Barcelona, capital da região da Catalunha, Carlos é um cineasta e artista visual cujo trabalho é uma mistura entre documentarios, narrativas, visuais e sons contemporâneos. Participou de diversos festivais ao redor do mundo em cidades como Torino, Madrid, Buenos Aires e México, fazendo parte de exibições solo e coletivas.

Começou estudando Artes, Cinema e Design na Espanha para a seguir ingressar no ano de 1998 na escola-modelo Fabrica, centro de pesquisa e comunicação criada pela Benetton e idealizada pelo fotógrafo Oliviero Toscani. Alí, teve acesso a diversos materiais e equipamentos, além de trabalhar como designer e criar diversas exposições e peças. Teve diversas vezes seu trabalho reproduzido na Colors, revista impressa da própria Fabrica.

Seu primeiro trabalho foi Afterwords, no ano 2000, realizado em parceria com a Fabrica. Feito junto com o artista francês Sebastian Lallemand, a hitória de passa em um labirinto onde um homem vive sozinho e luta contra a própria consciência. Esse curta foi exposto em diversos festivais de cinema dentre os anos 2000 e 2003, o que lhe rendeu reconhecimento nos mundos da arte e cinema.

A TRILOGIA END           

Iniciado há exatos 10 anos, Carlos percorreu regiões quase inóspitas, habitadas por povos que pouco tem contato com ambientes exteriores e sobrevivem basicamente de extração local. Esse modelo social criado e adaptado em função da sobrevivência ao frio e escassez de alimento sempre fez parte do imaginário do cineasta que, primeiramente, produziu um filme na Patagônia (região do extremo sul da América do Sul), posteriormente continuando no Aral (Mar do Aral, localizado na Ásia Central) e, fechando a trilogia, na Sibéria (extremo norte da Rússia).

No ano de 2001, Carlos rumou aos confins da América do Sul para criar o que então seria a primeira parte da trilogia END.

Ainda sem existir essa proposta de continuidade e tendo em mente que gostaria de capturar a solidão em forma quase extrema, visitou diversos locais e filmou Solitude At the End of the World durante sua passagem pela Terra do Fogo, capturando diversas imagens de paisagens e personagens que viria a compor o filme.

Nessa que é uma das regiões menos populosas do mundo, alguns homens vivem em solidão extrema, passando meses sem contato com o mundo exterior. Carlos documentou a história de três deles, mostrando como vivem e dependem uns dos outros para sobreviver nesse ambiente hostil, buscando entender suas histórias com delicadeza, dignidade e dedicação, de modo mais observativo do que antropológico.

Aral – Fishing in a Invisible Sea, de 2004, é o segundo trabalho de Carlos Casas, onde o cineasta acompanha três gerações de pescadores sobreviventes no mar do Aral e a sua luta diária pela sobrevivência nesse ambiente extremamente escasso. Carlos busca mostrar o que é a vida após um dos maiores desastres criados pelo ser humano.

Através dessas três gerações de pessoas afetadas pela desertificação de um mar que hoje já perdeu 90% de sua água, Carlos tenta contar a história e tradições de um povo que tende à extinção de seus modos e cultura, hoje tentando se adaptar à essa nova realidade desértica que foi impota. Superando discussões políticas e ecológicas, a narrativa se foca na força e capacidade sobrevivência humana. O cineasta encara essa região como uma das maiores provas de que o ser humano, como um todo, falhou.

Foi a partir desse filme que o cineasta compreendeu a existência uma linha de trabalho e que faltaria uma terceira parte para fechar a trilogia.

Lançou-se em direção à Sibéria para realizar o fechamento do trabalho. Na costa do Mar Bérico existe uma comunidade de caçadores de baleia que lutem pela sobrevivência nessa tradição milenar em um dos ambientes mais hostis e inóspitos do planeta.

No filme Hunters – Since the Begining of Time, de 2008, Carlos buscou capturar essa tradição milenar de baleeiros, sua habilidade de sobreviver utilizando técnicas arcaicas hoje proibidas por comissões internacionais, mostrando esse ciclo alimentício dos habitantes desde a escassez absoluta de outras formas de alimentação no inverno ao verão.

A trilogia END traça o que seria o “fim” simbólico do mundo. As três partes conjuntas capturam locais distantes, desolados e longínquos, locais de exílio da alma e da prisão do homem moderno. Tentar capturar em película o que é essa busca eterna e completamente sem razão que tanto move as pessoas foi o objetivo inicial e a proposta final.

 

OUTROS PROJETOS           

Além de Afterowords, Carlos produziu o filme Rocinha (2005) junto com Batman Zavareze, criador e diretor do festival Multiplicidade. Ao viver na comunidade, produziu um retrato dos habitantes da região, seus costumes e fez uma pesquisa musical, fugindo dos estereótipos de pobreza, drogas e violência.

Ao longo dos anos, Carlos desenvolveu diversas formas de apresentar a trilogia END ao redor do mundo, participando inclusive de festivais de arte e música como o Sónar (Barcelona). Neste, teve seu trabalho Rocinha apresentado como performance.

Abrindo a semana especial Festival Multiplicidade 2011, o Projeto Cavalo

Projeto Cavalo

Abrindo a sua semana especial de encerramento da temporada 2011, o Festival Multiplicidade traz o Projeto Cavalo para se apresentar no dia 24 de novembro no teatro do Oi Futuro Flamengo em  uma performance audiovisual e teatral inédita.

Reunidos sob o nome de Orquesta Equestre de Libertação, o coletivo de artistas plásticos  formado por Cadu, Eduardo Berliner, Paulo Vivacqua, Felipe Norkus, Rodrigo Miravalles, Audrin Santiago, Adriano Motta, Antônio João e Rodrigo Bleque utiliza-se de esculturas, ações, desenhos, fotografias, registros sonoros e textuais apresentados em exposições e eventos culturais, que agregaram ao projeto um amplo campo de iniciativas e o envolvimento de profissionais de diversas áreas da criação.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=mcVNXqrATxY]

Utilizando-se da figura do Cavalo por seu simbolismo envolvendo poder, força e dominação, o grupo iniciou uma pesquisa que remete desde a lenda do Cavalo de Tróia até os tempos atuais, montando uma estrutura com diversos instrumentos musicais, aliados à projeções de imagens obtidas em locais como o Jockey Club do Rio de Janeiro. Esse trabalho tem como objetivo discutir a figura do animal ao longo da história humana, desde o nascimento à morte.

O projeto Cavalo já gerou diversos desdobramentos, como o Donkey Mail, apresentado na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em dezembro de 2010, onde o mesmo chumbo utilizado para moldar ferraduras era derretido para se transformar em pequenas estatuetas de cavalos.

Figurinos também foram desenvolvidos para essa apresentação, criados sob medida de forma artesanal pelas estilistas Ana Beatriz e Juliana Suassuna do Ateliê Muggia.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=vSCyNRRiXV4]

Projeto Cavalo na Praça

Dando continuidade, no domingo seguinte, dia 27 de novembro, o Projeto Cavalo realiza uma ocupação da Praça  Xavier de Brito, localizada no Bairro da Tijuca. O local, popularmente conhecido como praça dos Cavalinhos, onde os movimentos dos cavalos e charretes disponíveis para experimentação serão captados e mixados com os sons obtidos na apresentação do Multiplicidade.

Serviço

>  Projeto Cavalo

Data: Dia 24 de Novembro de 2011

Local: Oi Futuro do Flamengo – Rua Dois de Dezembro, 63.

Horário: 19h30

Entrada: R$15,00 (com meia-entrada – R$7,50)

Capacidade do local: 88 lugares

Censura: Livre

 

> Projeto Cavalo na Praça Xavier de Brito

Data: Dia 27 de Novembro de 2011

Local: Praça Xavier de Brito
Esquina da Avenida Maracanã com a Rua Dr. Octavio Kelly – Tijuca

Horário: 12:00

Transporte saindo do Oi Futuro Flamengo às 11h30 da manhã, com retorno às 16h. Sujeiro à lotação

Semana Especial Festival Multiplicidade 2011

No mês de Novembro de 2011, o Festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados assume pela primeira vez a dinâmica de uma semana especial. Nesse formato inédito, diversos artistas estarão envolvidos com seus trabalhos em diversos modos, como cinema, performances, intervenção, instalação e exposição distribuídos por diversos locais da cidade do Rio de Janeiro.

Abrindo a semana em uma quinta-feira, dia 24, o Oi Futuro Flamengo recebe a performance do Projeto CAVALO, formado por Cadu, Eduardo Berliner, Paulo Vivacqua, Felipe Norkus, Rodrigo Miravalles, Audrin Santiago, Adriano Motta, Antônio João e Rodrigo Bleque. Esse coletivo de novos artistas é conhecido por flertar em diversas áreas, como pintura, escultura, música, vídeo-arte, entre outras, e apresenta pela primeira vez esse trabalho que une teatro, performance e projeções.

No segundo dia, 25, o Instituto Cervantes abre as portas exposição END, do artista espanhol Carlos Casas. Ao longo de 10 anos, Carlos percorreu regiões inóspitas e solitárias e produziu a trilogia END sobre a solidão nos confins do mundo, como a Patagônia, o Mar do Aral e a Sibéria. Estarão expostas 10 fotos e uma video-instalação dessa obra. Esse dia ainda conta com um coquetel de abertura, a mostra do filme “Siberia – Hunters Since the Beginning of Time” (87 min/2010) e um bate papo envolvendo Carlos Casas, o documentarista Bebeto Abrantes e o crítico de cinema Carlos Alberto Mattos.

No dia 26, Carlos Casas se apresenta junto ao grupo experimental Chelpa Ferro no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com uma instalação tríptica (3 telas) da sua obra END, com trilha sonora executada ao vivo.

No domingo dia 27, o Multiplicidade vai para a praça Xavier de Brito, no bairro da Tijuca, continuar com o Projeto CAVALO. Conhecida como praça dos cavalinhos, o local abriga diversas charretes que podem ser locadas pelo público. Estas receberão sensores eletrônicos que captarão os movimentos musculares dos cavalos e a movimentação das charretes para criar uma intervenção sonora a ser mesclada com o material produzido no dia 24.

Terça-feira dia 29 retornamos ao Oi Futuro Flamengo com a apresentação Manifesto Futurista, do alemão Thomas Köner e da pianista sérvia Ivana Neimarevic. Reinterpretando o poema homônimo do italiano Filippo Marinetti, a dupla cria uma performance audiovisual única, contestando o futuro através das previsões do passado.

Quarta-feira dia 30, Thomas novamente se apresenta no auditório Oi Futuro Flamengo com o também alemão Jürgen Reble, trazendo a performance Materia Obscura. Utilizando imagens em alta resolução de células e hemácias, os artistas  regem uma ópera sobre a matéria que existe no espaço e que não pode ser vista a olho nu.

Finalizando a semana, quinta-feira dia 1 de dezembro é dedicado a Glauber Rocha em homenagem aos seus 30 anos de falecimento. Neste dia o escritor e produtor Nelson Motta lança o livro Primavera do Dragão, sobre a juventudo do cineasta, realizando também um bate-papo e leitura de trechos. Logo após, o coletivo A_Factory, liderado por Pedro Paulo Rocha, filho de Glauber, realiza uma apresentação e uma releitura da obra do diretor chamada Kynoramas Glauber Machine. Finalizando a noite e a semana, o DJ Nado Leal comanda o coquetel de encerramento da sétima temporada do festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados.

Além destas mais diversas performances, uma programação de cinema estará disponível ao público no Oi Futuro Flamengo durante todos os 7 dias. Serão diversos temas divididos em cinco programas, passando pela história do Multiplicidade, seus artistas, parceiros e influências do festival divididos entre o Teatro Oi Futuro e o Cubo, estrutura montada no primeiro andar do Centro Cultural.