Retrospectiva Multiplicidade 2011: Carlos Casas – EXPO_END e END_PERFORMANCE

Trechos de dois textos presentes no livro-catálogo Multiplicidade 2011, a ser lançado no dia 13 de Setembro de 2012 no Oi Futuro Flamengo.

EXPO_END

Participação de Bebeto Abrantes e Carlos Alberto de Mattos

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No segundo dia da Semana Especial do Festival Multiplicidade 2011, Carlos Casas abriu sua participação com uma exposição baseada na trilogia “END” no Instituto Cervantes de Botafogo. Com fotos e videoinstalações de seus trabalhos, a retrospectiva montada no centro cultural traçava um recorte antropológico da inusitada pesquisa sobre o trabalho do diretor que filma, edita e fotografa em suas viagens.

ImagemA exposição foi um resumo do trabalho realizado ao longo dos dez anos de pesquisas e captações de imagens da trilogia, filmada cronologicamente na Patagônia (extremo sul da Argentina), no Mar do Aral (Uzbequistão) e na Sibéria (extremo norte da Rússia).

A inauguração contou ainda com a exibição do filme “Sibéria — Hunters Since the Beginning of Time”, finalizado em 2010, seguida de um debate com o documentarista Bebeto Abrantes e o crítico de cinema Carlos Alberto de Mattos.

O bate-papo informal discutiu técnicas, olhares e processos do diretor, desde seus problemas linguísticos e de acesso até sua metodologia de trabalho e de criação de cada um dos filmes.

Contando com a participação do público, de curiosos até documentaristas profissionais, Carlos Casas respondeu a diversas perguntas referentes às dificuldades de realização dos seus filmes, além de falar do prazer de conhecer realidades tão distantes das vividas pelos homens urbanos. O autor ainda comentou o quanto essa experiência havia modificado seu modo de viver e lidar com pessoas.

Carlos Casas + Chelpa Ferro – END_PERFORMANCE

26 de novembro de 2011

Num dos mais importantes recortes temáticos do evento, o transcinema, tivemos o cineasta espanhol Carlos Casas, que se apresentou com o grupo experimental Chelpa Ferro na performance “END”, uma nova proposta audiovisual de sua trilogia. Ocupando um novo espaço dentro da Semana Especial do Festival Multiplicidade 2011, foi montado um anteparo cinematográfico incomum, dessa vez no galpão do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), construído em 1906.

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A trilogia de Carlos já havia resultado em desdobramentos além dos filmes, como fotografias e instalações, mas pela primeira vez foi executada como performance.

Trechos dos três filmes foram remontados para uma compreensão narrativa através do suporte de projeção tríptico, junto ao acompanhamento sonoro do grupo Chelpa Ferro, que reinterpretava a trilha original dessas obras. As imagens funcionavam alternando diálogos entre si e outras vezes de forma independente, meramente estética, em que uma mesma cena ocupava uma, duas ou todas as três telas, incitando uma forma alternativa de ver cinema. A sincronicidade das imagens era controlada através do software Watchout.

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Criado em 1995 pelos artistas plásticos Barrão e Luiz Zerbini, e pelo editor de cinema Sergio Mekler, o Chelpa Ferro tem passagens na Bienal de Veneza e na de São Paulo, além de várias exposições individuais. Seu trabalho explora a plasticidade ruidosa dos sons em esculturas, objetos, instalações, performances e apresentações musicais que desafiam os sentidos do espectador.

O coletivo carioca, cujo trabalho permeia a experimentação e o improviso, utilizou diversos instrumentos eletroacústicos, desde guitarras distorcidas, uma caixa de música, até uma lata de lixo com cordas de cello amplificadas — batizada de Ruim — para criar um campo sonoro ao mesmo tempo hostil e plácido. O grupo ainda se apropriou de trechos da trilha original composta pelo argentino Sebastian Escofet, alternando sinfonias e sons diretos, sobrepondo camadas, recriando uma nova ambiência.

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Serviços das performances da Semana Especial Multiplicidade 2011

Como a semana do Festival Multiplicidade 2011 acontece em diversos dias e locais da cidade, surgiram diversas dúvidas sobre onde comprar e como seria para ir nos dias de espetáculos e sessões de cinema.

Apesar de grande parte acontecer no Oi Futuro Flamengo, teremos acontecimentos no Instituto Cervantes de Botafogo, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e na praça Xavier de Brito, na Tijuca. Abaixo, fizemos um guia dos serviços das apresentações e das sessões de cinema do Festival.

>> Dia 24 de Novembro – Projeto Cavalo

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 para estudantes).

Locais de Venda:

A partir de 21/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 22/11 no Oi Futuro Flamengo

>> Dia 25 de Novembro – Exposição END

Onde: Instituto Cervantes de Botafogo, a partir de 18:00.

Ingressos: Entrada gratuita, sujeita a lotação.

>> Dia 26 de Novembro – END_Performance

Onde: Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), 20:00. (400 lugares)

Ingressos: Entrada gratuita. Senhas distribuidas no Oi Futuro Flamengo 30 minutos antes do espetáculo.

>> Dia 27 de Novembro – Projeto Cavalo na Praça Xavier de Brito

Onde: Praça Xavier de Brito, entre a Avenida Maracanã e Rua Dr. Octavio kelly. A partir de 12:00

Ingressos: Gratuito. Vans saindo do Oi Futuro Flamengo às 11:30 (sujeito à lotação)

>> Dia 29 de Novembro – O Manifesto Futurista

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 para estudantes).

Locais de Venda:

A partir de 28/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 29/11 no Oi Futuro Flamengo

>> Dia 30 de Novembro – Matéria Obscura

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 meia-entrada).

Locais de Venda:

A partir de 28/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 29/11 no Oi Futuro Flamengo

>> Dia 01 de Dezembro – Kynoramas Glauber Machine

Onde: Oi Futuro Flamengo, 19:30 (88 lugares).

Ingressos: R$15 (R$7,50 meia-entrada).

Locais de Venda:

A partir de 28/11 em www.ingresso.com  (30% dos ingressos apenas)

A partir de 29/11 no Oi Futuro Flamengo