Thomas Köner e Ivana Neimarevic – O Manifesto Futurista

Na terça-feira, dia 29 de novembro de 2011, Thomas Köner e sua esposa, a pianista sérvia Ivana Neimarevic, apresentam-se no Oi Futuro Flamengo o trabalho Futurist Manifesto, executado pela primeira vez ao Rio de Janeiro.

A obra, com performance ao vivo dos dois artistas, reinterpreta o Manifesto Futurista escrito por Fellipo Tomaso Marinetti em 1909, colocando-se no lugar do poeta italiano e interrogando seu texto em tempos atuais, criando tanto um regresso ao futuro como um regresso do futuro, para discutir temas como velocidade e a informação de acordo com a proposta original.

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Thomas Köner + Ivana Neimarevic – O Manifesto Futurista

Data: Dia 29 de Novembro de 2011

Local: Oi Futuro do Flamengo – Rua Dois de Dezembro, 63.

Horário: 19h30

Entrada: R$15,00 (com meia-entrada – R$7,50)

Capacidade do local: 88 lugares

Censura: Livre

Perfil do artista Thomas Köner, atração sa semana especial Multiplicidade 2011

Thomas Köner é um artista multimídia alemão cujo trabalho se baseia em combinar experiências visuais e sonoras, criando performances audivisuais e contextuais. Ao longo de sua carreira, criou diversas instalações e ambientações sonoras minimalistas, chegando até à produção do gênero músical conhecido como dub techno.

Começou seus estudos ainda durante o curso de graduação em música eletrônica no CEM-Studio, em Arnhem, e no Conservatório de Música de Dortmund, posterioremente trabalhando como editor e engenheiro de som para cinema. A partir dessa experiência, Köner iniciou a produzir música por conta própria.

Posteriormente realizou o que seria a primeira de muitas colaborações junto ao cineasta experimental Jürgen Reble, a performance Alchemie (1992), seguindo como compositor de trilhas sonoras e música para filmes clássicos, inclusive apresentado esse trabalho no museu do Louvre e o Musée D’Orsay, ambos em Paris.

No ano de 2000, recebeu do Montreal International Festival New Cinema New Media o prêmio máximo na categoria de Novas Mídias. Em 2004, recebeu o “Golden Nica”, prêmio máximo de um dos mais importantes festivais de arte e tecnologia do mundo, o Ars Electronica, junto com o “Produktionspreis WDR / Deutscher Klangkunst-Preis”, dedicado aos maiores produtores de áudio da Alemanha.

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Sua instalação “Suburbs of the Void” recebeu o prêmio Transmediale em 2005, apresentada posteriormente na Bienal de Veneza do mesmo ano. Com o vídeo “Nuuk” recebeu o Tiger Cub Award de melhor curta no Festival de Rotterdam, lhe rendendo a oportunidade de criar cinco instalações permanentes pelo Museu Rimbaud em Charleville-Mezières, na França, e posteriormente para diversas outras galerias e museus.

Ao longo desses quase 20 anos de trabalhos dedicados ao audiovisual, o artista realizou performances em dezenas de países, incluindo passagens pelo Brasil (Recife/2010), Argentina, Chile, além de diversos países Europa e Ásia.

Abrindo a semana especial Festival Multiplicidade 2011, o Projeto Cavalo

Projeto Cavalo

Abrindo a sua semana especial de encerramento da temporada 2011, o Festival Multiplicidade traz o Projeto Cavalo para se apresentar no dia 24 de novembro no teatro do Oi Futuro Flamengo em  uma performance audiovisual e teatral inédita.

Reunidos sob o nome de Orquesta Equestre de Libertação, o coletivo de artistas plásticos  formado por Cadu, Eduardo Berliner, Paulo Vivacqua, Felipe Norkus, Rodrigo Miravalles, Audrin Santiago, Adriano Motta, Antônio João e Rodrigo Bleque utiliza-se de esculturas, ações, desenhos, fotografias, registros sonoros e textuais apresentados em exposições e eventos culturais, que agregaram ao projeto um amplo campo de iniciativas e o envolvimento de profissionais de diversas áreas da criação.

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Utilizando-se da figura do Cavalo por seu simbolismo envolvendo poder, força e dominação, o grupo iniciou uma pesquisa que remete desde a lenda do Cavalo de Tróia até os tempos atuais, montando uma estrutura com diversos instrumentos musicais, aliados à projeções de imagens obtidas em locais como o Jockey Club do Rio de Janeiro. Esse trabalho tem como objetivo discutir a figura do animal ao longo da história humana, desde o nascimento à morte.

O projeto Cavalo já gerou diversos desdobramentos, como o Donkey Mail, apresentado na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em dezembro de 2010, onde o mesmo chumbo utilizado para moldar ferraduras era derretido para se transformar em pequenas estatuetas de cavalos.

Figurinos também foram desenvolvidos para essa apresentação, criados sob medida de forma artesanal pelas estilistas Ana Beatriz e Juliana Suassuna do Ateliê Muggia.

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Projeto Cavalo na Praça

Dando continuidade, no domingo seguinte, dia 27 de novembro, o Projeto Cavalo realiza uma ocupação da Praça  Xavier de Brito, localizada no Bairro da Tijuca. O local, popularmente conhecido como praça dos Cavalinhos, onde os movimentos dos cavalos e charretes disponíveis para experimentação serão captados e mixados com os sons obtidos na apresentação do Multiplicidade.

Serviço

>  Projeto Cavalo

Data: Dia 24 de Novembro de 2011

Local: Oi Futuro do Flamengo – Rua Dois de Dezembro, 63.

Horário: 19h30

Entrada: R$15,00 (com meia-entrada – R$7,50)

Capacidade do local: 88 lugares

Censura: Livre

 

> Projeto Cavalo na Praça Xavier de Brito

Data: Dia 27 de Novembro de 2011

Local: Praça Xavier de Brito
Esquina da Avenida Maracanã com a Rua Dr. Octavio Kelly – Tijuca

Horário: 12:00

Transporte saindo do Oi Futuro Flamengo às 11h30 da manhã, com retorno às 16h. Sujeiro à lotação

Embolex no Multiplicidade

Desde o surgimento da música em formato digital, o acesso e democratização de fonogramas tornou-se extremamente mais fácil, o que fez com que diversos DJs e produtores musicais passassem a explorar novos modos de produção e experimentação. Nessa última década, diversos estilos que outrora eram segmentados a nichos por conta da falta de espaço físico de venda de CDs e LPs puderam chegar de forma alternativa e para uma gama maior de pessoas.

Com isso, um dos movimentos que mais ganhou força nos últimos anos foi o do mashup, onde dois ou mais elementos de músicas distintas são misturadas harmonicamente para criar uma nova canção. Essa cultura do remix para gerar um trabalho inédito é alvo de diversos debates, principalmente no que tange os direitos autorais dos criadores, como é o caso do documentário Rip It! A Remix Manifesto.

Utilizando essa linha, o Embolex é um coletivo de VJs e músicos de São Paulo que realiza uma pesquisa extremamente complexa e importante no audiovisual, principalmente por se manterem no centro da discussão que permeia a produção criativa hoje sobre propriedade intelectual e a cultura do remix, como é o trabalho de artistas como o Girl Talk e João Brasil.

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Esse  último trabalho, o Caixa-Prego, é composto por mashups de diversos artistas como Martinho da Vila, Paul McCartney, Lucas Santanna, Jorge Ben, Chico Correa, Paulinho da Viola, entre tantos outros, onde as músicas se completam e criam uma obra consistente, tanto na parte fonográfica como os grafismos também mixados ao vivo pelos VJs do do grupo.

Durante aproximadamente 50 minutos, o grupo apresentou um passeio por diversos estilos musicais, tendo como base o que se chama de  ghettotech, ou seja, diversos ritmos periféricos como o dub, o reggae, reggaeton, cumbia, entre outros.

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Essa apresentação multimídia contou ainda com o MC Rodrigo Brandão, do coletivo paulista Mamelo Soundsytem, e com o baixista Dengue, da Nação Zumbi.

Lise e L_ar no Multiplicidade

Lise (Daniel Nunes) e L_ar (Leandro Araújo) são uma dupla de artistas multimídia de Belo Horizonte, Minas Gerais, que utilizam paisagens sonoras como linha de trabalho, criando uma espécie de imersão audiovisual em ambientes captados previamente, sendo musicados ao vivo junto à projeções interativas.

Este conceito, desenvolvido pelo compositor e estudioso de ambientes R. Murray Schafer, define que sons ou combinações sonoras são, na verdade, o que se chama de ecologia acústica de um local. Tanto barulhos vindo de fontes naturais (como o vento, pássaros) como de intervenção humanas (buzinas de carros e fala, por exemplo) formam uma ambientação rica de informação e matéria-prima.

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A apresentação iniciou-se do lado de fora do teatro, onde, utilizando o Skype e um telefone com acesso à internet, Lise captava e enviava sinais sonoros que interagiam com as projeções dentro do teatro. A obra tomou forma em quatro atos, divididos em diversas regiões pré-mapeadas pela dupla, executadas ao vivo com a utilização de instrumentos musicais reais, como bateria e um vibrafone.

Com duração de aproximadamente 50 minutos, os artistas replicaram diversas partes de sua cidade-natal, como o Parque Municipal e a Praça Sete de Setembro, mesclando a novos sons captados no ambiente do Oi Futuro Flamengo.

Multiplicidade apresenta: Lise + L_Ar – Reações Visuais

Produzir uma opereta a partir de vozes, ruídos e todo tipo de manifestação sonora gerada ao longo de um deslocamento em espaços urbanos é o que propõem Lise + L_ar, atração do dia 29 de setembro no festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados.

Ao capturar o que chama-se de espírito sonoro das cidades, a dupla transforma esse conteúdo em matéria-prima de suas apresentações. Por essa linha, diversas cidades brasileiras como Belo Horizonte (MG), São Luiz (MA), dentre outras, receberam uma espécie de mapeamento auditivo compondo uma performance visual multimídia e criando uma verdadeira paisagem sonora destes lugares.

Ambos os artistas já tiveram seus trabalhos solos expostos em diversos centros de arte e tecnologia do Brasil, como o Oi Futuro Belo Horizonte e o Itaú Cultural, além de participar de festivais como o FILE.  Reações Visuais ganhou diversos prêmios como “Interações Estéticas” (Funarte 2008), “Rede Nacional Artes Visuais” (Funarte 2009) e o “Rumos Itaú Cultural” (2009).

Para o Festival, a dupla traz além das peças criadas ao longo de 3 anos, capturas visuais e sonoras recém-registradas, com a intenção de realizar uma performance única e inédita ao vivo: o som do público será registrado instantes antes da performance e será a base de uma peça de improviso gerada pela paisagem sonora local.

Leandro Araújo (L_ar) é arquiteto de formação e artista multimídia que trabalha com diversas disciplinas da arte digital, como software-arte, instalações, performances multimídia e interatividade. Foi ganhador dos prêmios “Bravo! Bradesco Prime 2010” na categoria Arte Digital e “Rumos – Itaú Cultural” na categoria Arte Cibernética; Interações Estéticas e Rede Artes Visuais também em 2010.

Daniel Nunes (Lise) é um multiinstrumentista que também flerta com o universo audiovisual, e compõe trilhas para diversas meios como teatro, curta-metragens e internet, além de criar e gerenciar o selo mineiro Le Petit Chambre, dedicado à música experimental.

Abaixo, um vídeo editado com um pouco do que a dupla Lise + L_ar trará dia 29 de setembro ao Multiplicidade.

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Multiplicidade no jornal O Globo – 07/09/2011

Ontem, dia da independência do Brasil, saiu uma matéria super bacana com o baterista e percursionista Robertinho Silva.
A apresentação citada na matéria foi a primeira do ano de 2007, com João Donato e Donatinho dividindo os palcos.

Abaixo, nosso vídeo do espetáculo Multi_01_2007 – João Donato & Donatinho + Belisário Franca.

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Multi_03_11 – Scanner no Oi Futuro Flamengo

Scanner no Oi Futuro

 

Tudo começou com linhas cruzadas e conversas de desconhecidos. Robin Rimbaud – conhecido como Scanner – um produtor musical inglês de Londres, descobriu alí sua primeira fonte de inspiração para criação de peças auditivas que posteriormente serviriam como o material bruto para seus primeiros álbuns.

Vinte anos depois, Scanner continua sendo atemporal por conta de suas criações: hoje, sons presentes em cidades o inspiram a criar o que ele chama de sinfonia urbana: uma verdadeira opereta baseada nas sensações que  as grandes metrópoles lhe passam.

 

Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, o artista mostrou sua versatilidade. Primeiro, durante uma visita em um museu na favela da Maré que abrigava trabalhos seus, pôde ter contato com jovens que são inspirados a seguir seu trabalho ainda experimental.

Para o Multiplicidade, Scanner trouxe “Borders, Unto the Edge“,  sua atual e belíssima performance multimídia. Durante quase uma hora intensa, o artista circulava por ritmos desde o dub ao drum and bass, mesclando ainda com vozes gravadas e outros samplers mais orgânicos, amparado por uma projeção em que a palheta de cores se modificava conforme a harmonia criada também se modificava.

Dentre as mais de 100 pessoas estiveram no auditório, além de muitas outras no saguão do teatro, a opinião era unânime: Scanner criou uma espécie de hipnose sonora mesmo, capturando completamente a atenção do público e criando uma das apresentações mais aclamadas do Multiplicidade em 2011.

Multi_03_2011 – Scanner

19/08/2011 – Oi Futuro Flamengo

Curadoria: Batman Zavareze

Imagens: Diana Sandes e Gabi Carrera_Festival Multiplicidade