Multi_03_11>Scanner

Robin Rimbaud, conhecido como Scanner, é um produtor musical de Southfields, Londres que utiliza diversos dispositivos inusitados como telefone celulares e aparelhos policiais para usar em suas apresentações ao vivo.

Atuando desde 1991 e conhecido por realizar um trabalho que utiliza-se de sons, espaço, imagens e formas de modos completamente não convencionais, Scanner busca inspiração no que chama “sons da metrópolis moderna”, trabalho este que gerou admiração de artistas como Björk, Aphex Twin e Karlheinz Stockhausen, nomes extremamente conhecidos internacionalmente.

Acumulando notoriedade, Robin compôs a trilha do livro-áudio “O Inferno de Dante”, que conta com a participação de Laurie Anderson. Também realizou remixes e produções da banda inglesa Radiohead. Já nos últimos anos, Scanner migrou para outras mídias ao criar trilhas para espetáculos como Dr. Jekyll & Mr Hyde, no ano de 2010 em Londres, além de assinar trilhas para filmes e desfiles de moda.

Contando com uma vasta discografia, suas apresentações ao vivo contam com uma grande carga visual, onde o artista utiliza diversas técnicas de projeção para acompanhar sua música eletrônica e experimental.

Robin traz para o no Festival Multiplicidade  sua performance Borders, Unto the Edges, onde as pessoas são convidadas a uma imersão sonora criada em tempo real pelo artista somada à sua projeção de linhas, cores e formas abstratas.

Sentado no meio do teatro, Scanner cria, manipula e edita seu som produzido com bastante complexidade, onde o auditório entra em uma imersão produzida pela troca de camadas e sonde o som é esculpido, criando o que o artista chama de um “paisagem sonora”, que se move do abstrato ao minimalista.

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Vencedor de diversos prêmios de arte, música e tecnologia, seu trabalho hoje se encontra no Science Museum London (Sound Curtains), no The Darwin Centre at the Natural History Museum London e o Northern Neuro Disability Services Centre in Newcastle UK (Turning Light).

Happenings 2011 – Quem são

Happenings - capaCuradoria > Batman ZavarezeExposição > Galeria 1 > Explosões (Gabriela Maciel)Exposição > Galeria 2 > Distorç˜oes (Siri)Exposição > Espaço do Cofre > Sublevação (Paulo Vivacqua)Performance > 06 e 13 de Agosto > Franklin Cassaro
Mesa de Discussão > 06 de Agosto > Tatiana BacalMesa de Discussão > 06 de Agosto > Paulo Sérgio DuarteMesa de Discussão > 06 de Agosto > Bia LessaMesa de Discussão > 06 de Agosto > Luiz Alberto OliveiraPerformance > 06 de Agosto > Gabriela MacielPerformance > 06 de Agosto > Nado Leal
Performance > 06 de Agosto > Lui CoimbraPerformance > 06 e 13 de Agosto > Siri & Fausto FawcettPerformance > 06 de Agosto > Os RitimistasDJ Set > 06 de Agosto > Os Ritmos DigitaisMesa de Discussão > 13 de Agosto > Rafael CardosoMesa de Discussão > 13 de Agosto > Márcio Botner
Mesa de Discussão > 13 de Agosto > Lauro CavalcantiPerformance > 13 de Agosto > Debussy Bach RestaurantPerformance > 13 de Agosto > Sonic JuniorDJ Set > 13 de Agosto > Maurício ValladaresHappenings #2

Happenings 2011, um álbum no Flickr.

Dos dias 06 a 14 de Agosto acontecerá na Casa França-Brasil pela segunda vez o projeto HAPPENINGS, que conta com minha curadoria.

Ao contrário do Multiplicidade, onde a tecnologia é o foco principal, aqui estarão expostos trabalhos de diversos artistas contemporâneos brasileiros, mesas de discussões, além de performances e DJ sets aos sábados. A intenção aqui é ser um evento de arte coletiva, baseado no improviso, onde a arte decorre de performances executadas ao vivo com o mínimo de estrutura necessária. O artista aqui assume o papel de carregar consigo o risco, de ousar, de buscar sair de padrões convencionais e zonas de conforto.

No Happenings, buscamos com que haja conexão entre artistas, a exemplo do Multiplicidade, mas sem esse aparato tecnológico que envolvem projeções e outras formas de gerar ambientes visualmente carregados. Trouxemos em duas mesas de discussões diversos pensadores contemporâneos para debater o cenário artístico atual. No primeiro sábado de ocupação, dia 06, convidamos Tatiana Bacal para mediar uma mesa de discussão com a Bia Lessa, Luiz Roberto de Oliveira e Paulo Sérgio Duarte para discutir a arte e seu consumo nos dias de hoje, e se há uma diferenciação na visão do papel da cultura no mundo contemporâneo/digital. Se estamos presenciando uma nova revolução tecnológica, que afeta todos os campos criativos, de que maneira esta revolução afeta as nossas vidas nas últimas décadas?

No sábado seguinte, dia 13, o historiador da arte Rafael Cardoso participa novamente do Happenings, dessa vez mediando uma mesa composta por Lauro Cavalcanti, Marcio Botner e Fausto Fawcett, que discutem a espetacularização na arte contemporânea. A mistura de arte e vida, derrubando velhas barreiras de mediação, era um dos principais objetivos de artistas da década de 1960 e 1970. Será que essa revoluçao chegou ao seu fim? Nunca se produziu e consumiu tanta arte quanto hoje, pelo menos no Brasil. Devemos comemorar? Até que ponto as relações com a mídia e as instituições estão estimulando ou sufocando a criação artística? Será que quanto maior a visibilidade da arte, menor sua profundidade? Invertendo a pergunta, será que ainda é preciso ser marginal para ser herói?

Sábados serão dias muito especiais com nossa tradicional ocupação da casa como um todo, com a proposta de que esses artistas não se distanciem do público em cima de um palco, mas façam isso com o público na sua frente, juntos. Como fará Siri e o Fausto Fawcett, que trazem uma performance quase completamente não-digital chamada Distorç˜oes, que utiliza-se de instrumentos físicos, sonoridades oriundas do músico junto à e a poesia do Fausto. Gabriela também vem com uma performance interessantíssima chamada Explosões, apresentada em alguns poucos lugares fora do Brasil, onde seus movimentos ao dispersar miçangas traduzem a música que é criada pelo dj Nado Leal e o violoncelista Lui Coimbra. É um misto de dança e artes plásticas. Completando esse quadro performático, temos Franklin Cassaro com sua imensa “casa de jornal”, a OCAÔCA.

As duas primeiras obras estarão abertas, entre os dias 6 e 14 de agosto, para visitação do público junto com a inédita Sublevação do artista Paulo Vivacqua.

O HAPPENINGS oferece espaços ao trabalho de performances de outros vários artistas atuais e expressivos, como o Debussy Bach Restaurant (formado por Paulo Vivacqua e Cláudio Monjope), Sonic Jr, Os Ritmistas (Dany Roland, Domênico Lancelotti e Stephan San Juan), além do tradicional DJ set feito pelos Ritmos Digitais (dia 06) e pelo Maurício Valladares (dia 13).

Com isso, trazemos esse clima e espírito de desafio para dentro da Casa França-Brasil. Essa é a proposta do Happenings: desafiar, quebrar paradigmas e trazer apresentações marcantes sem exageradas produções.

Fotos oficiais do evento com o Moleculagem

Formado em 2005 por cinco artistas cariocas, o Moleculagem explora as possibilidades de unir arte, vídeo, música e tecnologia em projetos audiovisuais, performáticos e multisensoriais. Cada integrante desse coletivo traz suas experiências em diferentes áreas da comunicação, como publicidade e cinema e em 2010 criaram a obra “Fixos-Fluxos” para a Bienal das Américas, em Denver.

Em “FixosFluxos2”, apresentado no Multiplicidade, o coletivo se propôs a ir além de apenas uma demonstração de tecnologia e video mapping, optando por criar uma verdadeira ópera-pixel dividida em oito atos inspirados justamente em teorias do psicólogo e escritor Timothy Leary. Ícone da contra-cultura e posteriormente chamado de “papa lisérgico”, desenvolveu a idéia de que existem oito circuitos que representam o desenvolvimento do cérebro humano e seu relacionamento com o “eu” interior e o plano espiritual.

Durante quase uma hora, o público experimentou um verdadeiro live-cinema geométrico projetado em cima de uma escultura tridimensional criada especialmente para essa única apresentação, comandado por Bernardo, Alexandre e Sol. Simultaneamente, o baterista Pablo e o multinstrumentista Pedro criavam a ambientação sonora ao vivo da performance, evoluindo do dub ao trip hop, com bastante influência de rock progressivo.

 

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Multi_02_11 – Moleculagem, um álbum no Flickr.

Fotos da segunda apresentação de 2011 do festival Multiplicidade, com o coletivo Moleculagem.

Moleculagem: FixosFluxos2 no Festival Multiplicidade

E-flyer da apresentação do Moleculagem

Dia 28 de Julho é a vez do Moleculagem se apresentar pela primeira vez no festival Multiplicidade.
Formado por cinco cariocas, eles trazem a apresentação "FixosFluxos2" para o Oi Futuro Flamengo.

Serviço
Dia 28/07/2011
R$15 (meia para estudantes)
Oi Futuro Flamengo
Tel 031 (21) 3131.3060

Guest Nation: Brasil… Tudo é.

Do dia 13 ao dia 16 de junho, aconteceu em Firenze, na Italia, a exposição Guest nation: Brasil…tudo é.

A semana dedicada à moda masculina Pitti Immagine abriu sua temporada de trabalhos trazendo a primeira edição do projeto guest nation, que teve como protagonista o Brasil: nação/continente detentora de grandes movimentos sociais, culturais e econômicos, além de ser um protagonista absoluto no panorama internacional no presente e no futuro.

O propósito do guest nation é abrir uma janela com um olhar inusitado sobre as novas e frescas matrizes criativas emergentes de países convidados, definindo uma densa expressividade que dão forma às constelações atuais. Essa proposta vem com a intenção de manifestar todo o sincretismo de identidades e origens dos grupos sociais brasileiros, vindos de diferentes latitudes do país sul-americano, geograficamente definido como um lugar mítico de irradiação de criatividade. “Tudo é”, sobretudo, é uma outra possibilidade de entendimento de uma mostra de arte: mudanças, performances, música e desenvolvimento rítmico articulados no breve intervalo de quatro noites em uma área nunca antes utilizada na cidade.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=afKLEA_DRWo]

Forçadamente parcial – como qualquer reconhecimento subjetivo em um país/mundo como Brasil – “Tudo é” se apresenta em dois andares: um térreo, dedicado à vocações musicais e performáticas (com live media, performances, concertos, DJ set e projeções); e um segundo, que hospeda instalações e exposições (algumas especialmente concebidas aqui) do que é mais singular e representativo no cenário audiovisual. Artes visuais, música, cinema e performance formam os elementos constituintes de visões ideais de um país que detém consigo a tradição e as raízes do modernismo sulamericano com a expressão estética mais conteporânea, capaz de misturar diferentes emergências criativas atuais. Como a frase que diz que onde há multidões existem múltiplos talentos, essas riquezas de um país que se mantém veloz, mas com sensibilização, como o Brasil, proporciona tudo para atingir sua auto-confiança e caminhar ao objetivo de apresentar um futuro melhor ao mundo, principalmente para a Itália, onde ainda não foi totalmente compreendido.

Por quato dias, artistas como Runo Lagormarsino, Pablo Nenglidio, os inclassificávels artistas visuais e musicais Chelpa Ferro, musicistas como Siri, mas também DJs e produtores como Nado Leal, demonstraram pouco do pensamento e o desejo em forte expansão, promovendo o encontro de Firenze (Florença) e Brasil para que, futuramente, gerem um amalgama original, onde a liberdade de pensamento, de expressão, de fantasia e imaginação, construirão o panorama do guest nation: Brasil… Tudo é.

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A curadoria do evento ficou por conta de Batman Zavareze, designer mutidisciplinar e criador do festival Multiplicidade.

Multi_02_2011> Moleculagem

Para nossa segunda apresentação do ano, trazemos o coletivo Moleculagem, do Rio de Janeiro, para apresentar seu novo trabalho chamado FixosFluxos2.

O Coletivo Moleculagem, formado por cinco cariocas que busca explorar as possibilidades da mistura da arte, vídeo, música e tecnologia em projetos audiovisuais, performáticos e multisensoriais, apresenta seu novo espetáculo pela primeira vez através do Festival Multiplicidade.

Depois de uma apresentação marcante na Bienal das Américas em Denver (EUA), o quinteto traz a continuidade deste trabalho com uma performance usando luz e projeções sobre uma escultura desenvolvida exclusivamente pelo grupo, usando técnicas como projeções mapeadas em formas tridimensionais e buscando ainda uma interatividade com a platéia.

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