E fomos citados duas vezes no jornal O Globo nessa última sexta-feira e na Veja Rio dessa semana.
Não percam que vai ser lindo!
Saiu nosso vídeo oficial, editado por João Oliveira, com um pouquinho do que vai ser esse dia incrível do Festival Multiplicidade apresentando o espetáculo A Batalha do Passinho Remix.
A terceira apresentação do Festival Multiplicidade 2013 traz o diretor de cinema Emilio Domingos junto com o artista digital Alvaro Uña apresentando uma versão editada ao vivo do filme “A Batalha do Passinho“.
Utilizando softwares de recorte e colagem, os artistas irão recontar a história do filme de forma não-linear, transformando a narrativa cinematográfica em um episódio completamente, amparado por dançarinos do passinho e um DJ.
O som do funk, que por si só é um recorte-e-colagem de diversos outros estilos e caracterizado hoje pela batida do tamborzão, retroalimenta o filme, funcionando como marcação de tempo.
Emílio Domingos é um dos produtores e cineastas mais ativos do Rio de Janeiro hoje. Sem nenhum patrocínio conseguiu realizar A Batalha do Passinho de forma totalmente independente.
Além do filme apresentado, Emílio é diretor do filme L.A.P.A. (junto com o empresário e cineasta Cavi Borges). Atualmente, prepara um novo filme, chamado “Deixa na Régua!” sobre a cultura do corte de cabelo “estilizado” dos jovens de comunidades.
O grande Carlos Alberto de Mattos, crítico de cinema do Rio de Janeiro, gentilmente nos cedeu o direito de republicar esse lindo texto sobre o Passinho de sua autoria:
A dança é talvez a forma mais vital de expressão artística e sem dúvida uma das mais democráticas. É a voz do corpo gritando o que nem sempre a voz da garganta é capaz de exprimir. A dança conclama o corpo a uma forma clara de estar no mundo e a uma atitude muito eloquente perante a realidade. Dançar é uma forma suprema de dizer.
Tudo isso está patente em A Batalha do Passinho. Emilio Domingos não precisa lançar mão de nenhuma fórmula de sucesso ou truque de narrativa para mostrar como um documentário pode sondar o imaginário de uma comunidade enquanto parece apenas ouvir despreocupadamente os personagens. Ao redor da dança, é todo um estilo de vida que se desvela nas palavras desses moleques de mola: a vaidade um tanto inocente, a afetividade transbordante, a linguagem peculiar, as ambições de bons moços. Nessa etnografia casual, estamos muito distante das imagens fatalistas da favela e da periferia. O que vemos é uma juventude conectada fraternalmente e concentrada em suas aspirações.
O funk dita o ritmo para a edição do filme, evidenciando o quanto de surpresa, teatro, pantomima e sátira de comportamento existe no passinho. Além disso, há ali um testemunho precioso sobre as formas de criação e circulação da arte popular na era da internet. São muitas, enfim, as razões por que A Batalha do Passinho é um filme não só contagiante e divertido, mas também fundamental para entendermos as dinâmicas da cidade contemporânea.
Carlos Alberto Mattos
No próximo dia 3 de outubro acontece no Oi Futuro Flamengo mais uma edição do Festival Multiplicidade denominada “A Batalha do Passinho Remix“.
Desta vez, o curador Batman Zavareze convidou Emílio Domingues – diretor do premiado documentário “A Batalha do Passinho”, que destaca o estilo e comportamento que está por tráz da dança e que teve como locação bailes funks do Rio, e o artista catalão, Alvaro Uña que já passou por experiências como o Festival Sónar, para produzirem juntos um espetáculo inédito e imprevisível para os espectadores.
A ideia é juntar dois mundos complementares no mesmo palco, o cinema e a engenharia computacional, para trazer interatividade às narrativas de conteúdo de um filme pensado para a tela convencional.
O cineasta vai remixar seu filme com interações programadas em tempo real, com a batida do funk fazendo a marcação do tempo,e reconstruir a lógica linear do roteiro cinematográfico utilizando softwares de recorte e colagem com a presença física de dois dançarinos do Passinho.
Comandando a parte tecnológica está o espanhol Alvaro Uña. Licenciado em Bellas Artes pela Universidad de Valencia, apresentando como projeto de investigação “Cyborgs e sua representação na arte; as políticas tecnológicas do corpo”. Entre 1996 e 2000 desenvolveu diferentes projetos de design gráfico, design de interior, estilismo e outros.
Em 2000 iniciou seu trabalho com o artista multimídia Marcelí Antunez como web design, chefe de programação e produção técnica nos projetos Concentrica, Pol, Mondo Antunez, Transpermia. Em 2003, inicia a colaboração no L’Antic Teatre (Barcelona), onde conheceu Joan Coll, criando o Emotique, grupo multimídia.
“ Vamos estimular a reação do público com essa provocação artística rica em inventividade e tecnologia”, resume Zavareze
A terceira apresentação do Festival Multiplicidade 2013 traz Emilio Domingos junto com Alvaro Uña apresentando uma versão editada ao vivo do filme “A Batalha do Passinho”.
Nesse formato inédito, o filme será editado ao vivo, em uma experiência totalmente nova.
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Serviço:
20H – TEATRO: EMILIO DOMINGOS + ALVARO UÑA
Performance: A BATALHA DO PASSINHO REMIX
Dançarinos do Passinho: Cebolinha, Yuri, TK, João Pedro, Camarão Preto e Pablinho
Entrada do teatro: R$ 20 (R$10 com meia-entrada)
Classificação etária: livre
Curadoria: Batman Zavareze
www.multiplicidade.com
http://multiplicidade.com/
Entrada do teatro: R$ 20 (R$10 com meia-entrada)
Lotação 82 lugares
Classificação etária: livre
Curadoria: Batman Zavareze
Primeiras fotos da segunda apresentação do Festival Multiplicidade de 2013, com o trabalho “Mindscapes” do artista uruguaio Fernando Velazquez e DJ set do belga Geoffrey MUGWUMP.
Créditos:
Diana Sandes_Festival Multiplicidade
Marcio Leitão_Festival Multiplicidade
Rodrigo Torres_Festival Multiplicidade
E saímos também na versão impressa do Jornal Destak como uma das melhores opções dessa quinta-feira no Rio de Janeiro.
No cenário atual, é fato concreto que DJs e produtores de música eletronica voltadas à pista de danças tem que se arriscar e buscar novos horizontes fora de seu nicho. O belga Geoffroy Mugwump é um belo exemplo de como não se contentar a centralizar seus elementos de pesquisa musical para um determinado público.
Geoffrey é descrito pelo Resident Advisor como “o catálogo mais diversificado no campo house music atual”, além de ter sido resenhado pelo site Pitchfork como “atemporal” e com um conjunto sólido “.
Junto com o parceiro Kolombo formam o duo Mugwump, onde ambos o criaram uma imersão musical de forma não-estereotipada, que nada mais é que a fusão dançante da música pop dos anos 80, edm, dub, industrial Funk com influências new-beat, modern disco e techno de baixa rotação.
Desde seus primeiros passos juntos, Geoffroy Mugwump & Kolombo fizeram uma verdadeira fusão disco-techno através de seu hino slo-mo “Boutade” sendo a pedra angular de seu rico catálogo e um clássico moderno atual.
Essa música ficou conhecida como um hino ao slo-mo electronic music, com grooves cadenciados e andamento mais lento, abrindo portas para diversos artistas que queriam fugir de um som que então dominava as pistas de dança.
Mugwump recentemente relançou a música pelo selo Let’s Play House, remixada por Andrew Weatherall e Tim Fairplay ‘s em versão technohouse.
No dia 12 de Setembro no Festival Multiplicidade, o DJ apresenta-se durante festa de encerramento logo após o artista plástico e digital Fernando Velázquez no Oi Futuro Flamengo gratuitamente.